O impacto da comunicação e dos media na experiência e na cultura, ao longo do século XX, tem alterado profundamente as práticas, os discursos e o papel da arte na sociedade. A produção massiva de imagens, a disseminação do design, a diluição das fronteiras entre “cultura de elite” e “cultura de massas”, a estimulação da percepção a par da expansão da experiência estética e, actualmente, a interactividade, a participação e a plasticidade tecnológica da arte moldam um encontro tensional entre arte e comunicação nas experiências moderna e contemporânea.
Qual o papel da arte numa sociedade da comunicação generalizada e da cultura de massas? Esta questão será pensada à luz das práticas artísticas e discursos dos movimentos históricos de vanguarda e das neo-vanguardas equacionando-se por fim a actual a pertinência do conceito de “vanguarda”.