Publicado: 02.11.2012
Sílvia Caneco, ex-aluna do curso de Jornalismo, vence décima quinta edição do Prémio Literário Orlando Gonçalves.
O júri da 15.ª edição do Prémio Literário Orlando Gonçalves deliberou, por unanimidade, atribuir o prémio a Sílvia Caneco, pela reportagem “Alice esperou 38 anos para matar o marido”, publicada no jornal i a 10 de março de 2011. Este prémio tem como objetivo o incentivo à produção literária e a contribuição para a defesa e enriquecimento da língua portuguesa. Na presente edição foram avaliados trabalhos jornalísticos de investigação ou grande reportagem. Esta reportagem sobre “Alice” tinha já ganho uma menção honrosa nos Prémios de Jornalismo para os Direitos Humanos.
Este foi o primeiro grande prémio que Sílvia Caneco recebeu como jornalista.
A reportagem
Como nos contou Sílvia, “a reportagem fala de uma senhora de 71 anos que, depois de 38 anos a sofrer de violência doméstica, matou o marido”, resume. A jornalista pesquisou durante algum tempo e conseguiu falar com os familiares da homicida “que se tornou a mulher mais velha presa em Portugal”, conclui. No que diz respeito ao Prémio Literário Orlando Gonçalves, “fiquei superfeliz quando recebi a notícia, ia chorando”, revela Sílvia com um sorriso. “Telefonaram-me da Câmara Municipal da Amadora a dar-me os parabéns pela minha reportagem, foram todos muito carinhosos e elogiaram bastante o texto”. Sílvia confessa que não estava a contar com este prémio, mas “é sempre bom saber que alguém reconhece o nosso trabalho”.
A repórter
Sílvia Caneco começou como jornalista no jornal “Região da Nazaré”. Estagiou no jornal “Público” e no Gabinete de Estágios da ESCS e colaborou, enquanto freelancer, com o “Público”, “Pública” e “Grande Reportagem”. É jornalista do i desde a fundação do jornal e cobre atualmente a área da Justiça. No decorrer deste ano, lançou o seu primeiro livro – “Sacanas com Lei” –, em conjunto com a jornalista Rosa Ramos. “Tivemos um feedback muito bom nas redes sociais, as pessoas deixavam comentários muito simpáticos”, conta. Para tudo isto contribuiu o seu percurso académico na ESCS. A jornalista confessa que aprendeu muito na Escola e que teve professores que sempre a incentivaram a continuar a fazer reportagens. “A ESCS ensinou-me a ser uma pessoa desenrascada, a pensar e a saber mexer nas coisas”, menciona Sílvia.