Publicado: 10.12.2024
Na ESCS, Inês Ameixa descobriu que o seu futuro profissional passaria pela Rádio. Hoje, é Jornalista de Política na Antena 1.
Inês Ameixa já estava no 12.º ano quando decidiu que queria ingressar em Jornalismo, na ESCS. “Era algo que me fascinava, mas que nunca assumi para mim, porque sou um pouco tímida”, confessa. Contudo, na candidatura ao Ensino Superior, decidiu arriscar. Já na Escola, começou a construir o seu percurso e a perceber a sua apetência para a Rádio, acabando por desenvolver um gosto particular pela área da Política. Depois de terminar a licenciatura, passou pelo Público e pela Rádio Observador, antes de integrar a equipa de Política da Antena 1, onde se encontra atualmente.
Compreender o Jornalismo
Inês começou a estudar na ESCS, em 2013. Das aulas, destaca a componente prática do curso, que, logo desde 1.º semestre, lhe permitiu começar a “escrever notícias, ‘ir ao microfone’ e perceber como é que as coisas funcionam”. A antiga estudante sublinha, ainda, a relevância do corpo docente. “Temos muitos professores que são jornalistas ou que trabalham no meio e isso ajuda muito, porque, de alguma forma, estamos em contacto com o mercado de trabalho. Para contactos futuros, isso é sempre importante”, defende. Da componente mais teórica, Inês recorda, em particular, as aulas de Português do Prof. Jorge Trindade e as de História da Prof.ª Maria Inácia Rezola.
A importância das extracurriculares
Durante a licenciatura, Inês integrou as equipas da ESCS FM e da ESCS MAGAZINE. “Foram dois núcleos muito importantes para mim, sobretudo, a ESCS FM. Todas as semanas, tinha de fazer noticiários. Fui, também, convidada para ser Coordenadora de Noticiários e, depois, Diretora de Informação. E foi muito gratificante a experiência que fui adquirindo”, assegura. Na ESCS MAGAZINE, desempenhou as funções de Editora da secção de Informação e Editora-Chefe. A antiga estudante garante que as atividades extracurriculares “complementam muito bem” as aulas do curso e dão a oportunidade de explorar outras áreas. “Até cheguei a experimentar animação, mas percebi que não era para mim”, confessa, com humor.
Construir o caminho
“Eu costumo dizer que os meus caminhos se foram construindo pelos sítios por onde fui passando”, conta Inês. Na ESCS FM, ganhou o amor pela Rádio e fez amigos que se tornaram importantes no seu percurso académico e profissional, como foi o caso de Ruben Martins. Em 2016, Ruben teve a ideia de criar um podcast sobre Política e convidou a colega, que partilhava o gosto pelo tema, para ser sua parceira no projeto. “Tínhamos facilidade no acesso ao Estúdio de Rádio [para gravar]. Na altura, estavam a surgir os podcasts e nós sentimos que podia existir um programa que, de alguma forma, desconstruísse a Política e que fosse feito por jovens e para pessoas mais jovens”, esclarece. Foi, desta forma, que surgiu o Politicamente, um podcast que procurava fazer um resumo dos acontecimentos da semana e contava, também, com uma entrevista a um convidado da área. O programa, criado com o intuito de trilhar caminho para o futuro e criar currículo, chegou, inclusivamente, ao 2.º lugar do top do iTunes.
Espírito de missão
Pouco tempo depois de ter terminado o curso, Inês voltou a cruzar-se com Ruben Martins, desta vez, no Público, numa altura em que o jornal estava a apostar na vertente da Multimédia e do Áudio. “Participei em podcasts como o Poder Público, o Reservado ao Público e uma série deles que, ainda hoje, existe. E também escrevi algumas reportagens para o jornal”, lembra.
Depois, integrou a equipa fundadora da Rádio Observador, a experiência que, durante quatro anos, “mais enriqueceu” a escsiana. “O privilégio de fazer nascer uma rádio não tem preço”, assegura. Na Observador, fez noticiários, reportagens na rua, diretos e chegou até a ser Editora, durante um ano.
Já no início de 2023, Inês foi contactada a propósito da abertura de uma vaga para a equipa de Política da Antena 1. Apesar de ter tido algumas dúvidas, dada a importância da rádio Observador no seu percurso profissional e as perspetivas de crescimento, a possibilidade de poder especializar-se na área da Política falou mais alto. Hoje, está inserida numa equipa de cinco pessoas, sendo a repórter que cobre os acontecimentos do Partido Social Democrata (PSD). “Sou eu que acompanho o Primeiro-Ministro e o Governo”, completa. Diariamente, Inês recebe a agenda de trabalho do dia seguinte e organiza o seu tempo, entre reportagens, produção de peças e envio. “É gratificante, porque conhecemos sítios, pessoas e realidades diferentes da nossa”, assegura. A jovem sempre viu a atividade jornalística como um “espírito de missão”, mas confessa que sente mais o peso da sua atividade profissional desde que começou a trabalhar no Serviço Público. “Temos zonas do país em que as pessoas só conseguem apanhar a Antena 1. E eu posso estar a falar para o CEO de uma empresa de sucesso, aqui de Lisboa, e, ao mesmo tempo, para um reformado ou um agricultor, de Trás-os-Montes. O que eu escrevo e digo tem de ser percebido por todos, pelo que é importante contextualizar a informação que estou a dar”, esclarece.
Alto nível de exigência
Inês conta que a ESCS a moldou enquanto pessoa e profissional, através da relação com as pessoas e os docentes que são, também, profissionais de Comunicação, como é o caso de Francisco Sena Santos e Carlos Andrade, duas referências da Rádio em Portugal. “O nível de exigência é muito alto. Quando fazemos uma notícia ao lado, criticam-nos de forma construtiva, para, depois, podermos fazer melhor”, partilha. Esta dinâmica fez com que, hoje, a escsiana procure sempre progredir, a cada desafio. “Simulámos conferências de imprensa e entrevistámos figuras conhecidas. Aqui, temos um microcosmo de mercado de trabalho e saímos com muitas ferramentas. Os núcleos são, também, uma questão decisiva para se escolher esta Escola. E eu recomendo a 100%”, conclui.
Por fim, desafiámos Inês Ameixa a responder a uma espécie de Questionário de Proust:
Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.
Telemóvel.
Uma cidade ou um país.
Roma.
Uma música ou uma banda.
Mac Miller.
Um filme ou um realizador.
I Origins, de Mike Cahill.
Um livro ou um escritor.
Born a Crime, de Trevor Noah.
Uma série.
Breaking Bad.
Uma referência profissional.
Francisco Sena Santos.
Quando for grande, quero ser.
Aquilo que sou hoje. Feliz a fazer aquilo que faço, realizada, sempre em busca de fazer mais e melhor, todos os dias.
No vídeo abaixo, Inês Ameixa fala sobre as mais-valias de ter estudado na ESCS e como a formação académica contribuiu para o seu percurso:
Texto, fotografias e vídeo: Gabcom (Serviço de Comunicação da ESCS)
(*) Fotografias: gentilmente cedidas por Inês Ameixa