Publicado: 09.11.2012
Maria João Centeno, docente na ESCS, lançou o livro “As Organizações Culturais e o Espaço Público, A Experiência da Rede Nacional de Teatros e Cineteatros”. A obra representa um marco na reflexão sobre o estado das práticas culturais em Portugal.
[Fotografia] Da esq. para a dir.: Maria João Centeno, António Belo, Manuel Maria Carrilho, Jorge Veríssimo, Américo Rodrigues, Fernando Mão de Ferro.
Decorreu, no passado dia 6 de novembro, na Escola Superior de Comunicação Social, o lançamento do livro “As Organizações Culturais e o Espaço Público, A Experiência da Rede Nacional de Teatros e Cineteatros”, da autoria de Maria João Centeno. A obra, editada sob a chancela da Edições Colibri, integra a coleção Caminhos do Conhecimento. O livro é o resultado de um projeto de investigação realizado no âmbito do doutoramento em Ciências da Comunicação. Segundo a autora, o intuito passa por “prestar um serviço a quem desenvolve a programação dos equipamentos culturais”. Centeno não esconde a emoção perante a publicação do livro. “É a possibilidade efetiva de concretizar o objetivo”, revela com orgulho.
“Uma referência histórica”
O Presidente da ESCS, Jorge Veríssimo, foi o moderador da cerimónia que contou com a presença de Manuel Maria Carrilho, Professor Catedrático e ex-Ministro da Cultura, e de Américo Rodrigues, ator e Diretor do Teatro Municipal da Guarda. “Tenho muito gosto em estar aqui”, disse o ex-governante, revelando a importância de se associar a este evento. “Instrutiva, útil e acutilante” foram os adjetivos escolhidos por Manuel Maria Carrilho para descrever a obra. Américo Rodrigues descreve-a como “um diagnóstico”, “um contributo decisivo para caracterizar a rede”. O ator vai mais longe, afirmando que “o livro arrisca-se a ser uma referência de carácter histórico”. Ambos os convidados expressaram a sua preocupação pelo atual estado da cultura em Portugal. Para Carrilho, o fato de não existir um ministério da Cultura representa “um retrocesso em termos de civilização”. Por sua vez, Rodrigues referiu que, devido às políticas governamentais, “todas as empresas municipais da área da cultura serão extintas”.
Promover a investigação científica
A coleção Caminhos do Conhecimento, propriedade do Instituto Politécnico de Lisboa, é constituída por 35 obras, 10 das quais são da autoria de docentes da ESCS. Para António Belo, docente na ESCS e responsável pela coleção, é um “bom indicador da atividade dos docentes”. Fernando Mão de Ferro, editor da obra, revela que “estas edições têm prestigiado os docentes. Revela a vitalidade da ESCS ao nível da atividade científica”, acrescenta.