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Publicado: 01.03.2019

 

PERFIL AM: Ismael Jesus

 

Ismael Jesus é videógrafo de profissão e teve, recentemente, a oportunidade de assumir o cargo de Coordenador Geral de Imagem do grupo Cofina.

Ismael Jesus começou a interessar-se por audiovisual na quarta classe. “Lembro-me de que, na altura, fazia muitos vídeos com os meus colegas, com o Movie Maker”, conta, divertido. “O bichinho foi ficando”, o que o levou, mais tarde, a ingressar na licenciatura em Audiovisual e Multimédia (AM), na ESCS. Quando terminou o curso, não esteve “nem uma semana sem trabalho”, entrando, de imediato, para o grupo Cofina, onde foi crescendo profissionalmente. Hoje em dia, é Coordenador Geral de Imagem.

A vertente teórica da ESCS

Ismael entrou na ESCS, em 2010, após o curso científico-humanístico de Ciências Socioeconómicas. Anteriormente, o antigo estudante pensou em seguir algo ligado a Gestão ou Economia. “São áreas nas quais eu ainda tenho algum interesse e são complementares com o que eu faço”, explica. No entanto, os testes psicotécnicos inclinaram para a vertente de vídeo, um gosto que o acompanhava desde cedo. “Comecei a procurar, dei com o site da ESCS, vi o plano de estudos e pareceu-me o mais adequado”, conta. Das aulas, destaca as disciplinas mais teóricas, como Semiologia, Teorias da Comunicação e Direito da Comunicação, cujas matérias aplica, agora, “como muita frequência” e o “destacam dos restantes profissionais”. “A parte técnica é importante, mas está em constante mudança. A teoria mantém-se, por isso, acho que é onde os alunos se devem focar”, considera. Também as unidades curriculares de Análise Económica e Análise de Dados estão a dar “imenso jeito”, visto que, no seu cargo atual, gere orçamentos e escalas.

Para além do curso, o escsiano participou, pontualmente, no E2. “Acho que é a aplicação mais próxima da realidade em que podemos colocar os conhecimentos do curso [em prática] e, por isso, é muito vantajoso”, defende, relativamente à experiência no programa de televisão. Em 2012, foi distinguido, em grupo, com uma menção honrosa, na 1.ª edição dos Prémios Tripla, com o trabalho “Fundação Liga”. E, no ano seguinte, fez parte de uma equipa da Escola que foi convidada para desenvolver três vídeos promocionais para a campanha televisiva “Educar para a Ética no Desporto”, do Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED).

Paralelamente, preocupou-se em aceitar projetos fora da Escola que lhe permitissem construir um portefólio para apresentar no futuro. No decorrer de um desses trabalhos, conheceu Bruno Vaz, antigo estudante de AM e, na altura, videógrafo do grupo Cofina. Foi Bruno o responsável pela entrada de Ismael naquela empresa, assim que este terminou a licenciatura.

Evolução no grupo Cofina

Ismael trabalha no grupo Cofina, desde 2013. Começou no Departamento de Vídeo Online, “por coincidência, quando arrancou a CMTV”. Em 2014, o escsiano começou a filmar para televisão, tendo a oportunidade de cobrir reportagens “por todo o lado do mundo”, durante um ano e meio. Ao mesmo tempo, fez realização multicâmara, para a Cofina Eventos, e, em 2016, assumiu o cargo de Coordenador de Vídeo do Departamento Central de Imagem, “que serve todos os requisitos de imagem” da empresa. Em novembro de 2018, o diretor que dirigia as áreas de vídeo, fotografia e arquivo saiu e Ismael assumiu as suas funções, como Coordenador Geral de Imagem. O antigo estudante explica que esta evolução se deve aos objetivos que traçou e que se esforçou por cumprir. “Independentemente do cargo que ocupava, sempre tentei sugerir coisas, dentro da hierarquia que tem de ser respeitada. Algumas foram sendo tidas em conta e, por isso, é que se calhar fui notado”, reflete.

Atualmente, o seu dia-a-dia “é incerto”, apesar de ter situações regulares, como a gestão da agenda. “Quem trabalha em Comunicação Social recebe os serviços de véspera e eu sou o mau da fita. Dou as notícias às pessoas, que às vezes não gostam de entrar de manhã ou de tarde, de fazer isto ou aquilo”, conta. O telemóvel é o seu “melhor amigo e pior inimigo”, porque tem de estar “sempre alerta” em relação à atualidade jornalística. Apesar de já não fazer trabalho de terreno, não quer dizer que não se envolva nessas questões. “Dá-me margem para pôr em prática aquilo de que eu gostava e de uma maneira ainda mais desafiante, que é decidir e apontar projetos de futuro. Temos coisas muito interessantes e estar envolvido nisso é ótimo”, afirma.

Conhecimentos transversais

Ismael defende que o curso de licenciatura em Audiovisual e Multimédia lhe deu “conhecimentos transversais e que, mal sabia, hoje em dia, estão a ser muito úteis”. O jovem explica que as unidades curriculares teóricas “complementam o conhecimento mais técnico e teórico da fotografia e do vídeo. Por isso, foi o curso ideal”.

Já no mercado de trabalho, o antigo estudante não tem dúvidas ao aconselhar os cursos da ESCS, quer sejam de licenciatura, mestrado ou pós-graduação. “Tenho contacto diário com profissionais de outras formações e acho que a ESCS não só não fica atrás em nada, como acrescenta valor. Principalmente, porque dá os princípios base para seres um melhor profissional”, conclui.

Por fim, desafiámos Ismael Jesus a responder a uma espécie de Questionário de Proust:

Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.

Telemóvel.

Uma cidade ou um país.

É uma pergunta difícil, mas eu estive recentemente em Nova Iorque e adorei. Por isso, vou ter de dizer Nova Iorque.

Uma música ou uma banda.

Florence + The Machine.

Um filme ou um realizador.

Guy Ritchie. Todos os filmes dele.

Um livro ou um escritor.

Li recentemente o Focus, do Daniel Goleman.

Uma série.

You, a mais recente.

Captação ou edição.

Não consigo escolher.

Um conteúdo que tenhas desenvolvido.

O mais desafiante foi quando fui para Paris cobrir os atentados do Bataclan [em 2015]. Acho que foi aquele que me deu mais prazer fazer, até hoje.

Quando for grande, quero ser.

Se continuar a crescer como tenho crescido, essa é a pessoa que eu quero ser, onde quer que vá dar.


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