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Publicado: 11.03.2025

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Rúben de Matos soube, desde muito novo, que queria ser Jornalista e que a sua formação académica teria de passar pela ESCS. Atualmente, é Jornalista na SIC.

A paixão pelo Jornalismo acompanha Rúben de Matos desde tenra idade. Ainda no Ensino Básico, ao descobrir o site da ESCS, começou a nutrir a vontade de, um dia, estudar na Escola, uma convicção que alimentava de cada vez que passava na 2.ª Circular e olhava para o edifício. Antes de ingressar na Licenciatura em Jornalismo, conheceu a instituição enquanto participante da Academia Politécnico Lx, uma iniciativa anual do Politécnico de Lisboa e da Fórum Estudante. “Consigo reconhecer que, de todas as escolas, a ESCS acaba por ser das mais deslumbrantes. No meu caso, era o confirmar de uma vontade que já existia”, conta.

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Rúben de Matos
Rúben de Matos é licenciado em Jornalismo.


Envolvimento académico

Rúben entrou na ESCS, em 2019. Das aulas, destaca a componente prática e o corpo docente, composto por “pessoas que estão na área e que são uma mais-valia” para a aprendizagem dos estudantes, na medida em que conhecem a realidade do setor. “Quando acabamos o curso, o facto de já termos experimentado estar no estúdio, em frente a uma câmara, lido um teleponto, falar ao microfone, tudo isso são coisas que percebemos que nos são úteis, quando chegamos à profissão”, afirma.

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Rúben de Matos
O escsiano destaca o corpo docente e a componente social da Escola.
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Rúben de Matos
Rúben com a Prof.ª Fátima Lopes Cardoso, aquando da entrega do diploma de Melhor Aluno Finalista.

A passagem do antigo estudante pela ESCS foi impactada pelo espoletar da pandemia da COVID-19, no início de 2020. Rúben, que representou os estudantes no Conselho Pedagógico, lembra a importância deste órgão de governo da Escola, em particular, naquele período. “Eram muitas as perguntas. Da parte dos professores e de todos os outros membros, houve uma grande disponibilidade para debater esses temas e nós pudemos sempre questionar em que medida é que as observações que lá fizemos tinham mudanças práticas”, esclarece.

A pandemia também condicionou o envolvimento do escsiano nas atividades extracurriculares da Escola, mas, ainda assim, passou, brevemente, pela ESCS FM e pelo E2 e participou ativamente na AE ESCS e nas atividades de integração. Rúben considera que estes núcleos são “quase como um primeiro emprego”, nos quais os estudantes têm de “assumir responsabilidades, gerir equipas e perceber que nem sempre estamos todos na mesma página, o que acaba por refletir-se no produto final”.

Da Rádio à Televisão

O escsiano teve pequenas experiências que foram alimentando a sua vocação, ainda antes de entrar no mercado de trabalho. Destas, destaca a oportunidade de fazer um casting nacional e ser selecionado para conduzir um episódio de um programa da RTP2, quando tinha cerca de 10 anos de idade. Anos depois, após ter participado na Academia Politécnico Lx em 2018, foi convidado, na edição seguinte, a assumir a função de repórter da Fórum Estudante, fazendo a cobertura dos acontecimentos diários da iniciativa.

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Rúben de Matos
O escsiano iniciou o seu percurso profissional na Rádio, após uma reportagem académica ter captado a atenção do Diretor da TSF.

 

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(*) A cobertura da crise sismo-vulcânica na ilha de S. Jorge foi “a prova de fogo” do jovem jornalista, na TSF.

Mas foi, ainda na ESCS, em novembro de 2021, que começou efetivamente o seu percurso profissional, após ter realizado uma reportagem para uma unidade curricular de Rádio, a qual despertou a atenção do então Diretor da TSF. Nos três primeiros meses de trabalho, fez horário parcial, auxiliando a equipa das Manhãs de fim-de-semana, mas, após esse período, foi convidado a integrar a equipa da Noite, em horário normal. “Foi uma prova de fogo, porque ainda estava a estudar. Entrava na ESCS às 8h da manhã e depois, na TSF, chegava entre as 18h e as 19h, de onde saía por volta da 1h da manhã. Tive um semestre e pouco a trabalhar todos os dias enquanto estudava”, lembra. Rúben explica que foi uma época “muito exigente”, na medida em que queria, também, acabar o curso “com o melhor aproveitamento possível”. No final, o esforço foi reconhecido, quando recebeu o diploma de Melhor Aluno Finalista do ano letivo 2021/22 da Licenciatura em Jornalismo. Da passagem pela TSF, o jovem jornalista destaca a sua “primeira grande experiência de reportagem”, quando foi para os Açores, durante uma semana, cobrir a crise sismo-vulcânica na ilha de S. Jorge. “Consegui fazer um bom trabalho e senti que foi importante para os meus colegas me começarem a olhar com outros olhos. Quando entramos no mercado de trabalho, é difícil afirmarmo-nos e esse momento ajudou-me muito nesse sentido, enquanto jornalista e repórter”, considera.

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Rúben de Matos
(*) Rúben, em direto, na SIC Notícias.

Em 2024, surgiu o convite para trabalhar em Televisão. Apesar de “não estar nos planos”, Rúben acabou por aceitar o desafio e integra, agora, a equipa da edição da manhã da SIC e da SIC Notícias. O escsiano explica que o seu dia começa de madrugada, por volta das 2h da manhã. Ainda em casa, gosta de espreitar os telejornais da noite e ver os sites de notícias, “para perceber quais foram os temas fortes”, e, no carro, ouve os últimos noticiários da rádio Observador e da TSF. Ao chegar às instalações da SIC, antes da 4h, olha para os jornais do dia e prepara o seu trabalho. O planeamento das tarefas é feito no dia anterior, pelo que, se tiver algum serviço de reportagem, já sabe para onde vai e o que vai acontecer. Quando não está nada marcado, fica na redação a dar apoio, produzindo textos para os pivots, escolhendo as imagens que vão ser transmitidas, entre outras tarefas.

Apesar de, antes de entrar na ESCS, o foco de Rúben ser a Televisão, na Escola, começou a ganhar um gosto especial pela Rádio e, hoje, sente-se grato por lá ter iniciado o seu percurso. “Sinto que sou um melhor Jornalista de Televisão porque comecei na Rádio. É uma escola importantíssima”, defende.

Uma Escola com grandes referências

Olhando para trás, Rúben destaca os docentes que contribuíram para a sua formação. A começar por Francisco Sena Santos e Carlos Andrade, “fundamentais para começar a ganhar consciência de que tipo de Jornalista gostava de ser em Rádio”. A criança que, outrora, acompanhou, por exemplo, o caso Freeport, tornou-se, em 2019, num jovem adulto entusiasmado por vir a aprender com uma das suas principais jornalistas, a Ana Leal. E, das aulas teóricas, guarda o dinamismo de Sociologia da Comunicação, com a Prof.ª Filipa Subtil, que “fazia sempre questão de envolver os estudantes em discussões muito importantes”. Para além das aulas, Rúben leva, ainda, “muitas amizades”, provenientes da dinâmica escsiana, que envolve os alunos de todos os cursos. “Acho que é difícil haver uma escola onde a junção da parte académica e da parte social seja tão bem-feita”, conclui.

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Rúben de Matos
Rúben destaca o papel dos docentes da ESCS na sua formação.


Por fim, desafiámos Rúben de Matos a responder a uma espécie de Questionário de Proust:

Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.
Telemóvel.

Uma cidade ou um país.
Praga.

Uma música ou uma banda.
Impossível. Sou muito eclético.

Um filme ou um realizador.
Ainda estou aqui, de Walter Salles.

Um livro ou um escritor.
Elena Ferrante.

Uma série.
Designated Survivor.

Uma referência profissional.
Não uma, mas duas: Francisco Sena Santos e Carlos Andrade.

Quando for grande, quero ser.
Quero continuar a ser aquilo que sou, procurando manter os meus valores e mantendo-me fiel aos meus princípios.


No vídeo abaixo, Rúben de Matos fala sobre as mais-valias de ter estudado na ESCS e como a formação académica contribuiu para o seu percurso:


Texto, fotografias e vídeo: Gabcom (Serviço de Comunicação da ESCS)
(*) Fotografias gentilmente cedidas por Rúben de Matos