Publicado: 08.11.2019
PERFIL PM: Élia Rodrigues
Na ESCS, Élia Rodrigues fez parte do núcleo de alunos que fundou o E2, chegando a ser produtora do programa. A escsiana é, atualmente, responsável de conteúdos multimédia da RTP.
Apesar de gostar da área da Comunicação em geral, Élia Rodrigues soube, desde cedo, que queria uma licenciatura “mais focada” na área da Publicidade e Marketing. Por isso, na altura de ingressar no Ensino Superior, a ESCS “chamou a atenção”. Na Escola, a antiga estudante fez parte da equipa fundadora do E2, tendo sido, após terminar o curso, produtora do programa. Depois, mudou-se para a RTP, onde tem evoluído desde então.
Aulas que deixam recordações
Élia entrou para a ESCS em 2001 e refere que algumas aulas da licenciatura “ficaram na memória”, pela exigência e aplicabilidade prática. Em Ateliê da Publicidade, com os docentes Helena Pina e José Valgôde, teve de se “comportar como se estivesse numa agência”. Em Estudos de Mercado, com a Prof.ª Ana Teresa Machado, tinha uma semana para estudar um caso, que, em grupo, na aula, poderia ter de vir a defender ou a criticar. “Lembro-me de estar em grande stress”, recorda. Élia, destaca, ainda, as unidades curriculares “mais ligadas ao audiovisual”, área pela qual seguiu, no seu percurso profissional.
Criar um programa de televisão
Logo no primeiro ano de licenciatura, Élia inscreveu-se no então núcleo de Televisão da Associação de Estudantes da Escola. Na altura, a equipa de estudantes teve formação com docentes ligados ao audiovisual. No ano letivo 2002/2003, o segundo de Élia na Escola, abriu o curso de licenciatura em Audiovisual e Multimédia (AM). “Passámos a lidar muito com os colegas e com os professores de AM”, refere. Por coincidência, na mesma altura, a RTP lançou um repto à ESCS para criar um programa de televisão para o então Espaço Universidades, na RTP2, e os estudantes foram desafiados a dar início ao projeto. Em maio de 2004, foi para o ar a primeira emissão do E2.
No programa de televisão da ESCS, Élia fez “um pouco de tudo”, desde operação de câmara a edição e entrevistas. Mesmo depois de acabar o curso, continuou a fazer parte da equipa, como estagiária, na vertente de edição. Em 2006, foi convidada para ser a Produtora do programa. “Disse logo que sim”, lembra. A escsiana assumiu o cargo até junho de 2010, quando começou a trabalhar na RTP. “A Escola foi a minha primeira casa durante muito tempo”, afirma.
Depois da licenciatura, uma pós-graduação
Dois anos após terminar a licenciatura, Élia conciliou o seu cargo no E2 com uma pós-graduação em Comunicação Audiovisual e Multimédia, na ESCS. Embora tenha gostado “muito” de estudar Publicidade, tendo em conta que o seu caminho acabou por estar mais relacionado com o Audiovisual, sentiu “necessidade de aprofundar” conhecimentos na área. A escsiana explica que a pós-graduação foi “muito prática” e que lhe “abriu novos horizontes”. “É, de facto, um bom investimento. Pelos contactos que se faz, pelo facto de já estarmos noutro nível [a trabalhar]. Foi uma grande mais-valia”, reflete.
Crescimento profissional na RTP
“Eu sou uma sortuda porque as coisas têm acontecido de uma forma muito natural”, considera Élia. Em 2010, através de um contacto da Escola, conseguiu uma entrevista, na RTP. A escsiana integrou o departamento de Marketing e Comunicação, no qual teve a oportunidade de “trabalhar com conceitos” que aprendeu ao longo da licenciatura, ligados à Comunicação, ao Marketing e à Publicidade. Ao mesmo tempo, estava focada em algo “muito interessante” para si: os conteúdos multimédia. Em 2014, foi criada a Direção Multimédia, dividida pelas áreas Produto, Desenvolvimento e Conteúdos. Élia foi desafiada para ser responsável por esta última equipa. “Foi uma grande evolução, desde que eu entrei até agora. Tenho tido essa sorte e os projetos são novos todos os dias”, conta.
Atualmente, a escsiana está encarregue de gerir, em conjunto com a sua equipa, “todos os conteúdos, que não sejam informativos, nas plataformas digitais da RTP”. Deste modo, trabalha com as direções de programas de televisão e de rádio, de forma a perceber quais são os conteúdos que existem e como é que estes devem ser geridos, do ponto de vista estratégico, nas plataformas digitais. A antiga estudante é, ainda, responsável pelo projeto RTP LAB, uma plataforma de “conteúdos digitais nativos, desde séries e documentários a projetos de ficção, que nascem e vivem no digital”.
Uma vida através da ESCS
“Eu nem sequer imagino como é que teria sido a minha vida se eu não tivesse entrado na ESCS, por uma série de fatores, pessoais e profissionais”, afirma Élia. Não só pela experiência enquanto aluna como, também, pelo contacto com estudantes de todos os cursos, quando esteve no E2, a escsiana conta que, atualmente, sempre que entrevista alguém proveniente da Escola, já conhece “metade do seu perfil”. Apesar de haver “um clima de grande cumplicidade, até com os professores, a Escola é, de facto, muito exigente. Sobretudo, quando vou estudar para outras instituições, percebo que fui bem preparada na ESCS”, assegura.
Por fim, desafiámos Élia Rodrigues a responder a uma espécie de Questionário de Proust:
Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.
Infelizmente, o telemóvel.
Uma cidade ou um país.
Escócia.
Uma música ou uma banda.
Muse.
Um filme ou um realizador.
Closer, de Mike Nicholls, talvez.
Um livro ou em escritor.
1984 é, provavelmente, o livro que mais volto a ler.
Uma série.
Neste momento, Peaky Blinders.
Quando for grande, quero ser.
Um bocadinho menos exigente do que sou hoje, mas uma boa mãe. Eu estou quase a ser mãe, por isso, quero tentar desligar-me mais um bocadinho do trabalho.
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