Publicado: 11.04.2023
Inês Veiga encontrou a sua verdadeira vocação na licenciatura em Relações Públicas e Comunicação Empresarial. Hoje, faz parte da equipa de Comunicação Corporativa do Doutor Finanças e é responsável pela Comunicação da Inspiring Girls Portugal.
Divertida, curiosa e interessada. A vontade de aprender e de se envolver em vários projetos sempre fez parte do ADN de Inês Veiga. A Comunicação surgiu por acaso, por sugestão de professores, no Ensino Secundário. Por isso, a licenciatura em Relações Públicas e Comunicação Empresarial (RPCE) foi a escolha certa. Hoje, a escsiana divide a sua vocação entre a Comunicação Corporativa do Doutor Finanças e a dedicação pessoal à Inspiring Girls Portugal.
Descobrir as RP
Inês chegou à ESCS em 2013. Durante o Ensino Secundário, no curso científico-humanístico de Ciências e Tecnologias, queria “ser tudo e mais alguma coisa”. Foram os docentes que, tendo em conta as competências da jovem aluna, a guiaram para um caminho mais ligado à Comunicação. Na candidatura ao Ensino Superior, escolheu quase todas as licenciaturas da ESCS. Acabou por entrar na 3.ª opção (RPCE), com o intuito de, no ano seguinte, mudar de curso. Mas confessa que, “passado um mês, já adorava RP”. “Caí [no curso] de paraquedas, fui descobrindo e acabei por adorar”, assegura.
Da experiência no curso, Inês destaca a componente prática, “muito próxima daquela que é a realidade do mercado de trabalho”, e o facto de ter sido surpreendida pela familiaridade entre estudantes e docentes. “Encontrei um ambiente bastante colaborativo, de proximidade com os professores, e isso ajuda muito a melhorar o percurso dos alunos”, lembra. Apesar de “gostar muito” das aulas de laboratório, nas quais teve a oportunidade de conceber planos de comunicação, inclusive para clientes reais, a escsiana confessa que também se interessou pelas aulas mais teóricas, “importantes para perceber o que está por detrás da Comunicação”, e as perspetivas dos estudiosos da área.
Ao longo do curso, Inês participou, em grupo, em vários concursos, nos quais foi distinguida: o Prémio Melhor Campanha de Comunicação para a Esclerose Múltipla, em 2015; o Prémio Carranca Redondo, em 2016; e o 3.º lugar no EDP University Challenge 2017.
Dissertação de mestrado reconhecida
Após a licenciatura, Inês continuou o seu percurso académico no mestrado em Gestão Estratégica das Relações Públicas (GERP). “Queria muito escrever uma dissertação e deixar a minha perspetiva, tal como outros teóricos fizeram. Claro que havia outras instituições, mas, para mim, a ESCS é a referência nas Relações Públicas. Portanto, por que não fazer aqui?”, reflete. A antiga estudante destaca o papel da Prof.ª Ana Raposo, não só como orientadora, mas como figura incentivadora, que não a deixou desistir quando Inês começou a duvidar do seu trabalho. A dissertação, intitulada “A comunicação interna como uma função estratégica das organizações: proposta de um guia de boas práticas em comunicação interna” foi, posteriormente, distinguida com o galardão de Melhor Trabalho Académico, na 10.ª edição dos Prémios Observatório de Comunicação Interna. “Foi uma oportunidade de divulgar o meu trabalho. Acho que tem valor e pode dar inputs interessantes a outras pessoas”, considera.
Viver a ESCS
Ainda durante a licenciatura, fora das aulas, Inês dedicava grande parte do seu tempo às atividades extracurriculares da Escola. Passou pelo E2 e pela Associação de Estudantes, mas recorda, em particular, “com muita saudade”, o processo de criação da Bright Lisbon Agency (BLA), tendo feito parte do grupo fundador da júnior empresa da ESCS. “Foi uma altura muito interessante, com montes de ideias e reuniões. Lembro-me bem quando lançámos [a BLA], no Auditório Vítor Macieira, e mandámos vir pizza para toda a gente”, recorda, divertida. “Passei bons momentos nos núcleos, nas aulas, nas festas. Tenho muitas saudades. Acho que vivi muito a ESCS”, afirma.
Explorar a Comunicação
Pouco tempo depois de terminar a licenciatura, Inês deu início ao seu percurso profissional na SGS Portugal, na área de Comunicação Interna. “Cresci muito lá. Geria materiais e ferramentas de comunicação interna, gestão de eventos [etc.]. Tive a oportunidade de explorar o que queria ou não fazer”, conta, explicando que foi desta experiência que surgiu a ideia para o trabalho final de mestrado. Depois, entrou para o grupo BNP Paribas, mais concretamente para a Cardif, o segmento de negócios de seguros, onde se dedicou a uma vertente de Comunicação mais ligada à parte de marketing e de produto. Após três anos, sentiu que “queria fazer outras coisas” e, por isso, mudou-se para a equipa do Doutor Finanças, onde, desde 2021, é Team Leader de Comunicação Corporativa, estando afeta à área de employer branding e de gestão de marca/comunicação institucional.
Hoje em dia, as manhãs de Inês começam com um ponto de situação, entre equipa, dos projetos que estão a desenvolver e os desafios encontrados. Depois, divide a agenda entre reuniões e as tarefas que tem em mãos. Quando termina o seu dia de trabalho, dedica-se, ainda, à comunicação da organização não governamental Inspiring Girls Portugal, planeando publicações para redes sociais, gestão de projetos com parceiros, entre outros. “Além do meu trabalho no Doutor Finanças, tenho também este projeto com o qual me identifico muito e utilizo muito do meu tempo livre para me dedicar às Inspiring Girls”, reflete.
Ambiente de criação
Na ESCS, Inês estabeleceu relações com colegas e docentes que continuam a fazer parte do seu dia-a-dia. Para além disso, recorda o “ambiente de criação” que se vive na Escola, de “querer fazer coisas novas e ser diferente”. “Aquilo que sou hoje, de me meter em 50 projetos ao mesmo tempo, de ter um trabalho de 8 horas e outro numa associação, vem muito daí”, explica, destacando o “espírito de missão, colaboração e entreajuda” da comunidade académica.
Por fim, desafiámos Inês Veiga a responder a uma espécie de Questionário de Proust:
Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.
Óculos.
Uma cidade ou um país.
Perú (a viagem de sonho).
Uma música ou uma banda.
Mac Miller e, em Portugal, Slow J.
Um filme ou um realizador.
Fight Club, de David Fincher.
Um livro ou um escritor.
Afonso Cruz, Dulce Maria Cardoso e Haruki Murakami.
Uma série.
Fleabag.
Uma referência profissional.
As professoras Joana Frias Costa e Ana Raposo.
Quando for grande, quero ser.
Gostava de ser uma referência para alguém, nem que fosse para uma pessoa. Gostava de deixar a minha marca e de continuar a ser surpreendida por pessoas e ideias novas. E de manter este meu espírito de fazer acontecer, continuar a fazer coisas e não estagnar.
No vídeo abaixo, Inês Veiga fala sobre as mais-valias de ter estudado na ESCS e como a formação académica contribuiu para o seu percurso:
Fotografias do prémio Melhor Trabalho Académico e do Doutor Finanças gentilmente cedidas por Inês Veiga.
Restantes fotografias: Gabcom (Serviço de Comunicação da ESCS)
