Publicado: 26.02.2024
Este Perfil (texto) foi realizado pelas estudantes Marta Pinto e Rita Sousa, no ano letivo 2022/2023, no âmbito da unidade curricular de Laboratório de Jornalismo II, do 1.º ano do curso de Licenciatura em Jornalismo.
Rafael Raimundo encontrou na ESCS a combinação entre um sonho e uma profissão. Atualmente, integra a equipa da Agência Lusa e é jornalista no Região de Cister – jornal de Alcobaça, Nazaré e Porto de Mós.
Simples, próximo da família e sem receio de ficar para trás para ajudar o próximo, Rafael Raimundo chegou à ESCS, em 2015, apenas com a certeza de que o desporto era o seu objetivo. O curso de licenciatura em Jornalismo veio por acréscimo, no entanto, acabou por ser a melhor opção. Hoje em dia, consegue conciliar o desporto e o jornalismo no Região de Cister – jornal de Alcobaça, Nazaré e Porto de Mós, além de ser correspondente da Lusa. Se agora pudesse escolher, garante que “teria colocado a ESCS na primeira opção e não na terceira”.
Rafael Raimundo sabia que queria trabalhar numa atividade relacionada com o ramo desportivo, ainda que um curso na área não lhe desse aquilo que vislumbrava para o futuro. “Tive de pensar numa estratégia para chegar ao desporto por outra via”, conta. Encontrou na comunicação a solução e, apesar de a ESCS não ter sido a primeira escolha, acabou por ingressar na licenciatura de Jornalismo. Surpreendido pela vertente prática que a Escola lhe ofereceu, acrescenta que a média do Ensino Secundário deu para a ESCS e, diz, “ainda bem”.
Da experiência enquanto aluno, reconhece a importância dos conteúdos teóricos, mas recorda essencialmente as aulas práticas e o contacto com profissionais da área, que ocuparam um lugar importante na sua formação profissional. “Levamos muitas experiências ao longo da licenciatura através da oportunidade de ouvir os outros e de ouvir quem já chegou a um nível em que nós não estamos”, afirma.
Embora não tenha integrado nenhum dos muitos núcleos da ESCS, Rafael reconhece a importância destes projetos e constata, ainda, que integrá-los parecia proveitoso, dadas as aptidões que via os colegas conseguirem adquirir.
O arranque profissional
Passados os três anos da licenciatura e direcionado para a vertente desportiva, tentou a sorte, ao concorrer aos estágios disponíveis no Record e no Canal 11. “Ninguém me chamou e eu tive de me fazer à vida”, revela. Mais tarde, surgiu a oportunidade de cobrir a secção desportiva do jornal da sua região. Realizou o estágio profissional do IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional) e passou a integrar o Região de Cister, em Alcobaça. Recentemente, por meio de contactos na área, tornou-se correspondente da Lusa, na zona de Rio Maior e Torres Vedras.
O seu dia-a-dia é atarefado e bastante preenchido. Começa a semana a redigir as notícias sobre o desporto. Às terças-feiras, auxilia o trabalho das restantes editorias. A meio da semana, o jornal é fechado e na quinta-feira vai para as bancas. A preparação da emissão da semana seguinte e de “trabalhos intemporais”, como as reportagens para a rubrica “As Casas com História”, são tarefas com as quais encerra a semana. Neste espaço editorial, usufrui da liberdade que o jornalismo regional lhe proporciona. “Um café tem 30 anos. É ir lá e contar a história do senhor”, descreve.
Experimentar e não “começar a casa pelo telhado”
Já com alguns anos de prática, o escsiano frisa a importância do jornalismo regional. Aventurou-se naquilo que frequentemente é tido como “um passo atrás” e hoje constata que “se calhar, foi o passo à frente de que precisava”. O repórter confessa que “o jornalismo regional dá uma grande bagagem”. Refere-se a esta especialidade quase como uma segunda escola, na qual aprendeu muito daquilo que sabe hoje. No dia a dia, desempenha inúmeras tarefas, como fazer os cortes das páginas, fotografar e paginar. Rafael Raimundo sente que o trabalho diário que executa o torna cada vez mais apto a concretizar qualquer desafio que lhe chegue às mãos. “Não me interessa saber como é que funciona o Parlamento, se não souber como é que funciona uma Junta de Freguesia”, finaliza.
Por fim, desafiámos Rafael Raimundo a responder a uma espécie de Questionário de Proust:
Um objeto essencial para o teu dia a dia.
Telemóvel.
Uma cidade ou um país.
Portugal.
Uma música ou uma banda.
Pearl Jam.
Um filme ou um realizador.
“Sou mais adepto de séries.”
Um livro ou um escritor.
“Prefiro ler jornais.”
Uma série.
Ted Lasso.
Uma referência profissional.
Carlos Daniel, pela versatilidade.
Quando for grande quero ser.
“Jornalista desportivo”. Foi exatamente com estas palavras que Rafael preencheu o campo “Que profissão gostarias de ter?” numa ficha de apresentação no 12.º ano.
No vídeo abaixo, Rafael Raimundo fala sobre as mais-valias de ter estudado na ESCS e como a formação académica contribuiu para o seu percurso:
Este Perfil (texto) foi realizado pelas estudantes Marta Pinto e Rita Sousa, no ano letivo 2022/2023, no âmbito da unidade curricular de Laboratório de Jornalismo II, do 1.º ano do curso de Licenciatura em Jornalismo.
Fotografias e Vídeo: Gabcom (Serviço de Comunicação da ESCS)
Fotografia do separador "O arranque profissional" gentilmente cedida por Rafael Raimundo