Publicado: 12.11.2024
Ao contactar com as várias profissões do curso de Publicidade e Marketing, na ESCS, Matilde Vilela descobriu a sua verdadeira vocação. Hoje, é Account Manager na Havas.
Ao descobrir a Publicidade e o Marketing, através do percurso académico e profissional da mãe, Matilde Vilela percebeu que o seu futuro poderia passar pela Comunicação. Entrou na ESCS, de olho no Marketing Digital, mas, pelo caminho, apaixonou-se pelo mundo do Account Management. “Comecei a perceber que tinha todo o perfil para desempenhar aquelas funções”, recorda. Atualmente, trabalha na agência Havas, onde tem, como cliente principal, a NOS.
Descobrir cada profissão
Matilde ingressou em Publicidade e Marketing, em 2016. Na Escola, teve a oportunidade de descobrir as profissões relacionadas com o curso, através de unidades curriculares lecionadas por docentes que são, também, profissionais da área. “Como em qualquer curso, começamos sempre com uma base mais teórica, de fundamentos, para percebermos de onde é que isto tudo vem. E, ao longo dos semestres e dos anos, vamos escalando para disciplinas cada vez mais práticas e próximas do que são os cargos no mercado de trabalho”, explica. Foi, inclusivamente, na unidade curricular de Account Management, no 2.º ano, que descobriu a sua vocação. “A Prof.ª Alexandra David era Account, portanto, sabia perfeitamente o que nos estava a ensinar, com as histórias e a perceção certas. E, à medida que as aulas foram passando, comecei a perceber que podia ser aquela pessoa também”, conta.
Durante a licenciatura, a escsiana participou, ainda, no EDP University Challenge e no Arena Challenge, tendo ficado em 2.º e 3.º lugar, respetivamente, nestas competições. “Gosto do desafio que me leva ao desconhecido e ao desconforto”, assume.
Crescer como Account Manager
Matilde deu início ao seu percurso profissional com um estágio de três meses na multinacional Havas, de forma a “começar a perceber o ambiente de agência” e se, para si, “fazia ou não sentido” seguir este caminho. Algum tempo depois, integrou a equipa da Winicio. “Uma agência mais pequena dá-nos a possibilidade de trabalhar em projetos 360. Fazemos online, offline, ativações, eventos, rebranding de marcas,... Numa estrutura maior, acaba por ser mais disperso e dividido”, esclarece. Nesta agência, o seu maior cliente foi a Sociedade Ponto Verde (SPV). “É uma marca com um trabalho muito giro. Apanhei os 25 anos [da SPV], que foi um ano muito forte em termos de comunicação, com o regresso do Gervásio [a mascote]. Foi uma grande oportunidade”, conta.
Passado três anos, “apesar de estar a adorar” a experiência, sentiu a necessidade de dar o salto. “Quando saí da Havas, após ter trabalhado várias contas, fiquei com o bichinho da NOS. E, quando comecei a pensar em mudar de agência, a Havas estava à procura de um Account para a equipa da marca. As coisas alinharam-se no tempo certo”, recorda. A escsiana explica que trabalha a conta da operadora de telecomunicações portuguesa praticamente a tempo inteiro, pelo que a sua semana não tem dois dias iguais. “Claro que há uma estrutura base, e eu sou muito organizadinha e tenho a minha to do list feita, mas há sempre coisas a acrescentar”, garante. As suas funções passam por “passar briefings, fazer pontos de situação com os clientes, com criativos, apresentações e acompanhar processos de produção”. Matilde destaca, também, os momentos em que sai para filmagens e para estúdio, para gravar as campanhas.
Em paralelo com o seu emprego, a antiga estudante costuma participar nos briefs abertos para jovens criativos, do Clube da Criatividade de Portugal. Em 2023, integrou a shortlist na competição dos Jogos Santa Casa, o que lhe permitiu ser jurada e membro da última edição do Festival CCP.
Construção pessoal e profissional
Matilde destaca que, na Escola, “todos se conhecem e entreajudam”. “Embora não tenha participado nas atividades de integração e extracurriculares, nunca me faltou ajuda [dos colegas]. E os professores sabem os nossos nomes, perguntam como estamos. Há uma sensação de família muito boa”, garante. Assume, ainda, que a componente prática do curso incentiva os estudantes a falar, pesquisar, trabalhar em grupo e não ter medo de errar. “Há uma construção pessoal e profissional que acontece em conjunto e que, na ESCS, é muito genuína”.
Por fim, desafiámos Matilde Vilela a responder a uma espécie de Questionário de Proust:
Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.
Batom do cieiro.
Uma cidade ou um país.
Lisboa.
Uma música ou uma banda.
Morat.
Um filme ou um realizador.
Inside Out, de Pete Docter.
Um livro ou um escritor.
Verity, de Colleen Hoover.
Uma série.
Suits.
Uma referência profissional.
Catarina Byscaia, da Winicio.
Quando for grande, quero ser.
A Matilde, na mesma. Mas sentir que, ao longo do tempo, sou uma pessoa cada vez mais estruturada e sempre muito pés na terra.
No vídeo abaixo, Matilde Vilela fala sobre as mais-valias de ter estudado na ESCS e como a formação académica contribuiu para o seu percurso:
Texto, fotografias e vídeo: Gabcom (Serviço de Comunicação da ESCS)
(*) Fotografia: gentilmente cedida por Matilde Vilela