Pedro Peralta está a conquistar os festivais de cinema com a curta-metragem “Ascensão”.

Licenciado em Audiovisual e Multimédia, Pedro Peralta nutre, desde sempre, um gosto especial por cinema, que advém “de uma curiosidade, interesse e paixão pela vida e pelo mundo em geral”, sendo o culminar de diferentes interesses em outras áreas como a fotografia, a poesia, a filosofia ou a ciência. Viu o seu primeiro trabalho como realizador concretizado, em 2012, com a curta-metragem “Mupepy Munatim”. “Ascensão”, lançada este ano, está a percorrer os festivais de cinema portugueses e internacionais, tendo conquistado já várias distinções.

Segundo Pedro, o filme “conta a história de um grupo de camponeses que tenta resgatar o corpo de um rapaz de um poço. As mulheres velam, ansiosas, em silêncio. Os homens resistem no limite das suas forças. No centro de todos eles, uma Mãe aguarda o resgate do filho. A espera acaba. O corpo do rapaz emerge das profundezas da terra. Como pode a Vida cessar, se na Natureza tudo renasce, imensamente?”. A curta-metragem, de 17 minutos, foi uma forma de o realizador homenagear a memória de um amigo.

“Ascensão” venceu o Prémio Árvore da Vida para melhor filme português, no festival Indielisboa’16 e estreou, internacionalmente, na Semana da Crítica do Festival de Cannes. Recentemente, estreou no Festival de Chicago e teve estreia comercial, em Portugal, com o filme “O Cinema, Manuel de Oliveira e Eu”, de João Botelho. “Em menos de seis meses já vai para quase 30 seleções em Festivais Internacionais“, conta o escsiano. No início de novembro, recebeu o Grande Prémio para a Melhor Curta-Metragem da competição internacional do Molodist - Festival Internacional de Cinema de Kiev. Pedro afirma que o reconhecimento é fruto do trabalho coletivo e que “o grande prémio deste filme foi a sua concretização”.

Veja o trailer do filme “Ascensão”:

*Fotografia gentilmente cedida por Pedro Peralta.