Publicado: 15.03.2019
PERFIL JORN: Inês Costa Monteiro
Inês Costa Monteiro é licenciada em Jornalismo e trabalha na revista NiT, como fotógrafa, jornalista e social media manager.
O gosto pelas palavras e pela imagem trouxe Inês Costa Monteiro até à licenciatura em Jornalismo. Ainda durante o curso, começou a estagiar, como fotógrafa, na NiT, tendo sido, depois, convidada a integrar a equipa. Atualmente, para além da fotografia, exerce as funções de jornalista e social media manager. A escsiana faz, também, trabalhos em regime freelancer, como fotógrafa, para outros clientes.
Do Direito ao Jornalismo
Antes de ingressar em Jornalismo, Inês passou por Direito, área que “sempre quis seguir”. Porém, passado um mês de frequência do curso, percebeu que “não era para [si]”. Por sua vez, em Jornalismo, conseguia aliar duas vertentes de que gostava: as palavras e a imagem. Optou pela ESCS, instituição à qual se adaptou “bem demais”, por não ter sentido “uma grande mudança do Ensino Secundário para o Superior”.
Na Escola, conheceu “excelentes profissionais” que teve como docentes e que, afirma, “aproximam [os estudantes] do mercado de trabalho”. “Falámos de quanto é que iríamos receber no primeiro ano, quanto é que possivelmente receberíamos 20 anos depois, as dificuldades, as facilidades, o que é que poderíamos ou não fazer. Isso é muito importante”, conta. A escsiana sublinha, ainda, o “espaço para a discussão” que as aulas propiciam. “Acima de tudo, temos de ter um espírito crítico, não só por sermos jornalistas, mas, no fundo, pela vida”, considera.
Inês lembra, particularmente, a unidade curricular de Análise do Discurso Jornalístico, então lecionada pela docente e jornalista Fátima Lopes Cardoso, que “mudou totalmente” a sua visão sobre a matéria. “Foi a primeira pessoa que disse amigos, todos os jornalistas escrevem para passar uma determinada mensagem. Aprendam a ler nas entrelinhas”, numa altura em que “ainda nem se falava em fake news”, explica.
Como construir um portefólio
Durante a licenciatura, Inês fez parte do número f e foi “acompanhando de perto os amigos que estavam nos outros núcleos”, ao fazer o registo fotográfico dos trabalhos que aqueles iam desenvolvendo. “É engraçado porque foi assim que eu consegui o portefólio que tinha em fotografia”, explica. A jovem afirma que a participação nas atividades extracurriculares “ensina, sobretudo, que consigamos fazer muitas coisas ao mesmo tempo, o que eu acho que é uma das mais-valias desta geração”.
Percurso na Fotografia
O interesse pela Fotografia teve início quando começaram a surgir os primeiros telemóveis com câmara. “Tirava fotografias a tudo! Sempre fui a pessoa que, no grupo de amigos, tinha a máquina fotográfica (...) E em novembro/dezembro do último ano na ESCS, [quando] os meus colegas começaram a enviar currículos para estágios, eu tinha milhares de pastas com projetos fotográficos que fui desenvolvendo, tanto para eles como para mim”, conta. Ainda no decorrer do curso, foi aceite para um estágio na NiT, como fotógrafa. Quando terminou, convidaram-na para ficar na equipa. “Foi a melhor coisa que me aconteceu, porque eu valorizei a ESCS de uma forma totalmente diferente, [uma vez que] já tinha uma noção de como funcionava o mercado de trabalho e de como era a vida real de um jornalista”, defende.
Desde 2016, Inês trabalha como head photographer, social media manager e jornalista na revista online NiT. Por vezes, também filma para a rubrica Agenda NiT, da TVI. É a escsiana que, semanalmente, organiza e marca as reportagens, consoante a agenda. Apesar de fazer maioritariamente fotografia e gestão de redes sociais, a jovem escreve alguns artigos. “Acabam por ser mais relacionados com imagem, como, por exemplo, o Super Bock Super Rock de A a Z, [reportagens de] viagens ou em que acompanhamos pessoas ao minuto e cada fotografia tem uma história”, conta.
Inês acumula as suas funções na NiT com outros trabalhos, em regime de freelancer, como fotógrafa. A antiga estudante sente que, neste momento, os clientes a procuram para uma “comunicação mais disruptiva”, o que considera benéfico, visto que “nunca quis competir com ninguém”. “Acho que já estamos todos um pouco cansados daquelas fotografias clássicas das redes sociais, tanto de espaços como de pessoas”, esclarece.
Um carimbo forte
“Ser da ESCS tem um carimbo muito forte”, defende Inês, garantindo que “onde quer que vás, em todas as áreas da Comunicação, tu vais encontrar alguém da Escola”. A escsiana aconselha quem quer enveredar pela área da Comunicação a “ir à ESCS, perceber todos os cursos e como é que estes se podem complementar”, uma vez que, com as atividades extracurriculares, é possível os estudantes terem contacto com todas as áreas de formação da Escola.
Por fim, desafiámos Inês Costa Monteiro a responder a uma espécie de Questionário de Proust:
Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.
A câmara fotográfica.
Uma música ou uma banda.
The xx.
Um filme ou um realizador.
Wes Anderson.
Um livro ou um escritor.
Haruki Murakami.
Uma série.
Se calhar, a Black Mirror.
Digital ou analógico.
Totalmente digital.
Uma rede social.
Instagram.
Uma referência profissional.
Talvez o Arlindo Camacho ou a Isabel Saldanha. Um mais pela fotografia e o outro pela escrita, mas identifico-me muito com eles.
Quando for grande, quero ser.
Mais decidida.
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