Publicado: 14.11.2023
Para Gil Isaac, existe um “antes da ESCS” e um “depois da ESCS”. A Escola representou uma mudança na sua vida, graças à qual, hoje, trabalha na área de que mais gosta, como Brand Design & Creative Lead, na Alter Solutions Portugal.
Quando terminou o Ensino Secundário, Gil Isaac não tinha planos para o seu futuro profissional. Passou por alguns empregos e, ao desenvolver um gosto especial pelo vídeo e pela fotografia, ingressou, aos 23 anos, num Curso de Especialização Tecnológica (CET) em Multimédia. Nessa formação, teve contacto com outras áreas, como o design gráfico, design multimédia e webdesign, o que lhe permitiu começar a fazer pequenos trabalhos como freelancer. Mas foi ao entrar na Licenciatura em Audiovisual e Multimédia (AM), através do Concurso Especial de Acesso ao Ensino Superior para Maiores de 23 anos, que conseguiu “elevar a fasquia”, através dos conhecimentos técnicos e concetuais adquiridos no curso.
“Saber fazer com conceito e alma”
Gil ingressou na ESCS em 2016. Embora destaque a componente prática do curso, como a maioria dos estudantes que passa pela Escola, o escsiano confessa que, dado que já tinha um curso de especialização, o que, para si, fez a diferença em AM foram os conceitos teóricos e concetuais que adquiriu. “Eu já sabia mexer nos softwares, por isso, queria absorver a parte concetual que me faltava. Saber fazer com conceito e alma. A ESCS fez-me perceber que o processo é o mais importante. O resto é só a materialização”, explica.
A Biblioteca da Escola era o espaço onde passava a maior parte do seu tempo. “Como tinha de estar tão concentrado, porque estava a estudar e a trabalhar ao mesmo tempo, precisava desse foco”, lembra. Mesmo quando não tinha aulas e não precisava de trabalhar presencialmente, Gil vinha para a ESCS, à hora de abertura da Biblioteca, de forma a conseguir dar resposta a todos os projetos, académicos e laborais, que tinha em mãos. “Deixar disciplinas para trás era impensável para mim”, conta. Como tal, destaca, também, a importância dos colegas que constituíram o seu grupo de trabalho ao longo do curso. “Passei grandes momentos, era espetacular. Batizámos o grupo como Primos e ajudávamo-nos muito uns aos outros. Tenho saudades desses tempos”, reflete.
Freelance: “o primeiro patrão”
Gil refere-se ao trabalho de freelancer como o seu “primeiro patrão”. “Obrigou-me a ser disciplinado, a criar um processo. Dá muita bagagem e experiência, o que é muito importante”, assegura. Enquanto se dedicava aos projetos que iam surgindo, no segundo ano da licenciatura, desenvolveu um site para a empresa do pai de um amigo, onde, depois, começou a trabalhar, em part-time, na gestão do site. Já no terceiro ano, integrou o então recém-fundado departamento de Comunicação do Colégio do Sagrado Coração de Maria. “Deram-me a hipótese de estruturar o meu horário com o que tinha na ESCS. Então, os dois dias livres das aulas eram os dias em que eu estava no colégio”, conta. Após terminar o curso, entrou para a equipa de Marketing Digital do Millenium bcp. “A nossa equipa era como uma mini-agência dentro de um banco. Tudo o que nós fazíamos era muito fresco, as pessoas adoravam. Era um reconhecimento enorme e eu nunca tinha estado rodeado de profissionais tão bons da minha área. Aprendi muito e acho que consegui acrescentar algo a nível criativo”, recorda. Passado dois anos, Gil sentiu a necessidade de "mudar de ares" e fê-lo na multinacional Alter Solutions Portugal. Aqui, vais ter liberdade para criar foi o cartão de visita apresentado, que, desde o primeiro minuto, entusiasmou o escsiano, que começou na consultora como UX/UI & Brand Designer e, hoje, é Brand Design & Criative Lead.
Trabalhar uma marca
A equipa de Gil, na Alter Solutions Portugal, foi criada com o objetivo de produzir uma identidade para a marca, que unificasse o grupo. “Eu, completamente apaixonado pelo branding, percebi que ia conseguir trabalhar uma marca grande. Criámos a identidade visual toda. Conseguimos criar um fio condutor, definir personas, insights, conceitos, cores, formas. O que me deixou a alma muito quentinha”, confidencia. Com o passar do tempo, a equipa cresceu e, hoje, cabe a Gil guiar os seus "ninjas" - uma designer e um videógrafo - nos projetos que têm em mãos. Apesar de estar mais focado “na parte criativa e no conceito”, o escsiano admite que “faz um bocadinho de tudo”, na medida em que vai auxiliando os seus pares nas diversas áreas da multimédia. “Para mim, uma semana feliz é quando estou em vários processos ao mesmo tempo. A maior mais-valia que eu tenho é conseguir fazer de tudo um pouco. Conseguir construir um produto multimédia”, assegura.
O selo ESCS
Quatro anos após ter terminado a licenciatura, Gil garante que “a ESCS mudou completamente” a sua vida. Para tal, contribuíram a aprendizagem que obteve, as pessoas que conheceu e os valores que adquiriu. O escsiano defende que a instituição incute, nos estudantes, um sentido de exigência, que os prepara para o mercado de trabalho. “Já me disseram muitas vezes: vê-se mesmo que és da ESCS. Apesar de sermos todos diferentes, temos a mesma base de exigência e de entrega. Não haveria o Gil que há hoje sem a ESCS e, por isso, agradeço muito à Escola e a todas as pessoas que fizeram parte do meu percurso, porque mudaram a minha vida”, conclui.
Por fim, desafiámos Gil Isaac a responder a uma espécie de Questionário de Proust:
Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.
Fones. Vivo de fones.
Uma cidade ou um país.
Barcelona.
Uma música ou uma banda.
É muito complicado. Vou ter de dizer vários. Sam the Kid, Slow J, Papillon, Dino D'Santiago, T-Rex, Branko, entre outros.
Um filme ou um realizador.
Quentin Tarantino.
Um livro ou um escritor.
Sapiens - História Breve da Humanidade, de Yuval Noah.
Uma série.
When They See Us.
Uma referência profissional.
Vanessa Teodoro, Vhils, AkaCorleone, Bordalo II. Têm muita influência naquilo que sou enquanto criativo.
Quando for grande, quero ser.
Inspirado e inspirar os outros.
No vídeo abaixo, Gil Isaac fala sobre as mais-valias de ter estudado na ESCS e como a formação académica contribuiu para o seu percurso:
Texto, fotografias e vídeo: Gabcom (Serviço de Comunicação da ESCS)
Fotografia do separador "O selo ESCS" gentilmente cedida por Gil Isaac
