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Publicado: 03.08.2018

 

PERFIL JORN: Alexandra Oliveira Matos

 

Licenciada em Jornalismo, Alexandra Oliveira Matos é produtora de conteúdos no canal S+ e desenvolve, paralelamente, projetos para diversas plataformas.

Desde que acabou a licenciatura em Jornalismo, Alexandra Oliveira Matos já trabalhou em diversas vertentes da área, mas tem vindo a aperceber-se de que nenhum trabalho a realiza verdadeiramente. Por isso, complementa a sua profissão com vários projetos que desenvolve, ao nível da produção de conteúdos, para diferentes plataformas.

O Jornalismo e a vontade de morar em Lisboa

Alexandra conta que queria ser jornalista, desde os 10 anos. “Sempre participei no jornal da escola”, recorda. Na altura de se candidatar ao Ensino Superior, a jovem, natural de Coimbra, decidiu, também, mudar-se para a capital, sendo que as opções de candidatura foram todas de instituições em Lisboa.

A escsiana entrou em Jornalismo, em 2007, na segunda fase de candidaturas, sendo a Escola a sua segunda opção. “A primeira era a Universidade Nova. Naquele ano, toda a gente tinha essa opção. Depois, as coisas mudaram um bocadinho e as pessoas perceberam que a ESCS, de facto, a nível prático, era melhor”, lembra.

A importância da escstunis e das atividades extracurriculares

A antiga estudante integrou a escstunis no final do segundo ano da licenciatura, e continuou na tuna académica da ESCS até 2015, mesmo após ter terminado o curso. Alexandra considera que a tuna criou “um elo de ligação muito maior” entre si e a Escola, uma vez que permitiu que conhecesse colegas de outras áreas de estudo e incentivou-a a “arregaçar as mangas e fazer”. “Poder organizar eventos, o festival [Tuna M’Isto], gerir pessoas, emoções, uma série de coisas. Foi muito importante”, explica. Alexandra foi pandeireta e integrou a direção da escstunis, na vertente de Relações Públicas.

Para além da tuna, fez, também, parte da organização de uma edição dos Commie Awards e participou nas primeiras reuniões de formação da ESCS FM. A escsiana defende que, “se houver vontade, dá para fazer muita coisa” nas atividades extracurriculares.

Um percurso multifacetado

Enquanto frequentava a licenciatura, Alexandra aproveitou as férias para começar a perceber o funcionamento do mercado de trabalho, através de dois estágios de verão. O primeiro foi no jornal digital Setúbal na Rede, no qual aprendeu o funcionamento de uma redação e pôde “perceber aquilo que queria fazer dentro do Jornalismo”. No ano seguinte, experimentou a vertente de assessoria de imprensa, na Organização Internacional de Trabalho.

Após ter terminado o curso, seguiram-se mais dois estágios (primeiro, no Diário de Notícias e, depois, na SIC), durante os quais teve a oportunidade de produzir conteúdos de jornalismo político, área que, inicialmente, queria seguir. Por esse motivo, ao mesmo tempo, Alexandra ingressou num mestrado em Ciência Política, por considerar que “não tinha bases suficientes” nessa área.

Após estas experiências, integrou a equipa da Sporting TV (apesar de não ser sportinguista), como produtora de informação do canal. Depois, enveredou pela assessoria de imprensa e comunicação, nomeadamente na empresa Escrita em Mente, no Instituto e na Fundação S. João de Deus.

No grupo Impala, voltou ao Jornalismo. “Estive três meses a escrever para os sites da World Impala Net, especificamente para o da [revista] Maria, que foi algo que eu disse que nunca iria fazer na vida, mas acontece”, confessa.

Do percurso, a escsiana leva o particular interesse pelo ambiente de redação. “O que eu gosto mais é do frenesim, do ir atrás e entrevistar”, explica.

Canal S+

Alexandra trabalha, desde maio, como produtora de conteúdos, no programa Saúde em Dia, do S+, um canal dedicado à saúde e bem-estar, lançado, no final de abril, pela Mediapro. Diariamente, as funções da escsiana passam por contactar “convidados, pensar nos programas e agilizar reportagens para os repórteres de Lisboa e do Porto”. Durante as gravações, certifica-se, também, de que “os entrevistados vão, que falarão das coisas certas, que a pivô está preparada para os entrevistar” e dá apoio na régie, sugerindo, muitas vezes, perguntas para serem colocadas aos convidados.

Projetos paralelos

Quando termina o seu dia no S+, Alexandra dedica-se a uma série de outros projetos que a complementam profissionalmente.

A escsiana conta que, após ter saído da Sporting TV, houve uma pessoa (que, atualmente, é o seu namorado, Luís Almeida) que a convidou para integrar um trabalho sobre a cultura Hip Hop. Na série documental De Sol a Sol, Alexandra foi produtora, jornalista, ajudou na edição e tratou da comunicação. Quando enviou o projeto “para tudo o que era revistas e sites” da área, conheceu Rui Miguel Abreu, diretor e editor do Rimas e Batidas, com o qual a dupla colabora, desde então, na realização de reportagens. “É um projeto do coração”, defende.

A antiga estudante explica que, visto que o Rimas e Batidas “vive um pouco da boa-vontade e da paixão das pessoas para o manter de pé”, daí, têm surgido outros trabalhos. “Estamos, neste momento, a fazer mais uma série documental para a Antena 3, Nas pistas das canções, que tenta desconstruir a forma como algumas músicas foram feitas”, conta.

Em abril, nasce o Ó Vai Ó Racha, um podcast em que Alexandra e a amiga Filipa Poço entrevistam instagramers e figuras relacionadas com as/os influencers digitais. “Já fizemos, por exemplo, um episódio com a fotógrafa Laura Fontoura, para perceber todo o negócio que está por trás, já entrevistámos o Eduardo André, que gere as redes sociais do Observador e nos deu umas luzes sobre como é que está o social media e, especificamente, o Instagram”, lembra.

Paralelamente, este ano, a escsiana participou, ainda, em equipa, no 48 Hour Film Project, um concurso internacional de realização de curtas-metragens. Alexandra esteve encarregue da produção do filme Eu, Pinto, que venceu nas categorias Prémio do Público e Prémio Hashtag/Best Social Media e recebeu uma menção honrosa na categoria Melhor Ator. “Correu muito bem e queremos voltar a participar”, assegura.

Uma Escola completa

“Gostei muito da ESCS. Acabei de chegar aqui e o olá e o sorriso do segurança são impagáveis”, diz, a antiga estudante, com afeto. Da sua passagem pela Escola, a escsiana destaca, ainda, o facto de ter conhecido muitas pessoas, que a integraram na capital, a “capacidade de desenrascar”, que adquiriu na escstunis, e a aprendizagem das aulas. “Deu-me uma grande ensaboadela à português. Eu ouço alguém numa redação a corrigir um vocativo e, automaticamente, sei que andou na ESCS”, conclui, divertida.

Por fim, desafiámos Alexandra Oliveira Matos a responder a uma espécie de Questionário de Proust:

Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.

O telemóvel (com Internet).

Uma música ou uma banda.

Sara Tavares.

Um filme ou um realizador.

Spotlight, de Thomas McCarthy.

Um livro ou um escritor.

1984, de George Orwell, e o meu livro de cabeceira, o Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa.

Uma série.

Orange Is The New Black.

Um podcast.

O meu: Ó vai ó racha.

Um estilo musical.

Hip Hop e R&B.

Papel ou digital.

Digital.

Redação ou exterior.

Ambos.

Quando for grande, quero ser.

Mais reconhecida.


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