Publicado: 12.10.2018
PERFIL PM: Mário Rui André
Mário Rui André é licenciado em Publicidade e Marketing e co-fundador da revista digital Shifter.
Durante a licenciatura em Publicidade e Marketing (PM), Mário Rui André aproveitou as valências do curso e das atividades extracurriculares para, ainda na ESCS, começar a desenvolver aquela que é, hoje, “a revista portuguesa para a geração digital”: Shifter.
O lado da Comunicação
Apesar de os resultados dos testes psicotécnicos apontarem para Línguas e Humanidades, no Ensino Secundário, Mário enveredou por Ciências e Tecnologias. No entanto, não se via a fazer nada relacionado com a área. Por isso, na hora de escolher uma opção para o Ensino Superior, optou por Comunicação.
O antigo estudante ingressou na Escola em 2011. “Escolhi PM um pouco por intuição. Comunicar em Publicidade pareceu-me atrativo. Foi a minha primeira opção”, relembra.
Conhecer outras áreas
Nas atividades extracurriculares da Escola, o antigo estudante teve a oportunidade de “conhecer outras áreas e fazer coisas mais práticas que, às vezes, não era possível nas aulas”.
O gosto pelo mundo da televisão e das câmaras levou-o a integrar a equipa do nAV. “Na altura, fazia vídeos em casa, com a minha família, e gostava de os editar”, conta, em jeito de curiosidade. No núcleo audiovisual da Escola, Mário pôde, assim, consolidar conhecimentos.
Já na ESCS FM, integrou a equipa do programa Naif, em conjunto com alguns colegas, entre os quais João Ribeiro, com quem viria a fundar o Shifter. “A nossa amizade começou aí”, refere. O escsiano esteve encarregue dos social media do programa e, a certa altura, do Departamento de Comunicação do núcleo. “As redes sociais estavam a começar naquela altura, por isso, era um mundo novo”, explica.
Estudar e trabalhar
Mário deu início ao seu percurso profissional em 2013, quando ainda frequentava o segundo ano do curso, na agência de marketing digital WayNext. Durante mais de um ano, foi gestor de comunidades online, trabalhando a estratégia de redes sociais e atualizando blogues de marcas de relevo, como a Caixa Geral de Depósitos ou a Pepsi Portugal.
Enquanto estudava e trabalhava, deu, ainda, início a um blogue sobre tecnologia, o Hype, ao qual dedicava o pouco tempo livre que tinha. Em maio de 2014, quando estava a terminar o curso, Mário deixou o seu emprego na agência, para se dedicar inteiramente ao projeto, que foi crescendo e ganhando colaboradores. Entretanto, o Hype mudou de nome, para Shifter, e, hoje em dia, é um órgão de comunicação social registado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e uma referência no meio digital.
Shifter
Em novembro de 2013, começou a ser desenvolvido o “conceito de revista digital”, pela mão de Mário, em parceria com o colega João Ribeiro. “A linha editorial foi sendo afinada, registámo-nos na ERC e criámos uma empresa. Fomos profissionalizando as coisas, não só legalmente como em termos internos, e, atualmente, estamos os dois a tempo inteiro”, explica.
O escsiano considera que os co-fundadores “complementam o dia um do outro”, em relação ao trabalho desenvolvido. Apesar de fazer “um pouco de tudo”, o seu dia-a-dia, especificamente, passa “muito por estar sentado em frente ao computador, a responder a e-mails, escrever, ver o que há e organizar coisas”. Por vezes, faz a cobertura de eventos e trata, também, dos contactos comerciais, “que são cada vez mais”.
A redação do Shifter conta com uma equipa multifacetada, ainda que itinerante (da qual fazem parte alguns escsianos), capaz de cobrir as diferentes vertentes da comunicação multimédia, desde a escrita à fotografia, passando pelo design. O antigo estudante explica que o grupo é composto por membros que foi conhecendo e que “acreditaram no projeto” e por estudantes e recém-formados que vêem ali uma oportunidade para construir portefólio, num espaço com credibilidade.
Em julho de 2018, o Shifter deu mais um passo, ao integrar a rede SAPO, a convite da plataforma portuguesa, o que contribuiu para uma maior sustentabilidade do projeto. “Como eu e o João estudámos Publicidade e Marketing e passámos por agências, houve pessoas que nos começaram a conhecer, o que acabou por trazer oportunidades e referências”, acredita Mário. “Já conseguimos muita coisa, ao longo de cinco anos, com erros e falhas. No futuro, quero organizar melhor a casa, para chegarmos a um patamar mais estável”, afirma.
ESCS: onde tudo começou
Olhando para a sua formação, Mário considera que as valências que adquiriu no curso “são úteis no presente, para criar uma boa base de comunicação e de marca”. Também os contactos que fez na Escola e na agência pela qual passou têm impulsionado o projeto que ergueu e para o qual continuará a trabalhar, em conjunto com João Ribeiro e a restante equipa do Shifter. “Não me arrependo da área de estudos que escolhi”, conclui.
Por fim, desafiámos Mário Rui André a responder a uma espécie de Questionário de Proust:
Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.
O computador, com internet.
Uma cidade ou um país.
O nosso país.
Um género musical.
Jazz.
Um filme ou um realizador.
Citizenfour, de Laura Poitras.
Uma série.
3%.
Um órgão de comunicação social.
No início, inspirei-me muito no The Verge.
Uma rede social.
Prefiro blogues.
Uma referência profissional.
O Glenn Greenwald.
Quando for grande, quero ser.
Repórter.
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