Publicado: 28.02.2020
PERFIL PM: Luísa Figueiredo
Na ESCS, Luísa Figueiredo especializou-se em Content Marketing. Hoje, é responsável de Marketing e gere a sua equipa na Altamira Asset Management Portugal.
Luísa Figueiredo conta que, devido à sua capacidade comunicativa, desde cedo, foi incentivada pela família a ser advogada. Contudo, não se identificava com “a parte mais burocrática” da profissão. Por isso, viu a Publicidade e Marketing como uma forma de “defender produtos”. A componente prática da licenciatura fez da ESCS a sua primeira opção.
Mudar a forma de ver o mundo
Luísa entrou na ESCS em 2012. A antiga estudante destaca, para além da base formativa, os docentes com quem teve a oportunidade de contactar. “Aquilo que esta Escola tem de melhor é que, mais do que hard skills, ensina soft skills. Como saber estar, falar e apresentar”, considera. A escsiana recorda, em particular, a unidade curricular de Marketing Estratégico, com a Prof.ª Ana Teresa Machado. “Ela dava-nos um caso e nós tínhamos de o resolver, como se estivéssemos a trabalhar”, conta.
Durante a licenciatura, esteve envolvida na conferência “O Regresso do Jornalismo”, colaborando na equipa de Marketing. “Foi um bocadinho brincar ao mundo do trabalho. Nós eramos alunos, aprendizes, mas estávamos a lidar com pessoas que trabalhavam e tínhamos de ser sérios”, lembra.
Pós-graduação e mestrado
Depois da licenciatura, a escsiana decidiu dar continuidade ao seu percurso académico. “Eu adorava a ESCS e queria fazer aqui o mestrado”, refere. Neste sentido, em 2015, ingressou na pós-graduação em Branding e Content Marketing. “Foi quando começou a falar-se mais de Content e a parceria com a BAR Ogilvy também me puxou”, explica. Do curso, sublinha a “convivência diária” com os profissionais da agência, que transmitem, aos estudantes, “os problemas reais do mercado”.
De seguida, aproveitou o facto de os ECTS do plano de estudos do curso poderem ser creditados no mestrado em Publicidade e Marketing, para concluir, no ano seguinte, o 2.º ciclo. Como a empresa onde trabalhava estava em processo de rebranding, desenvolveu o relatório de estágio “Estratégia de redes sociais e plataforma de search : Grupo HF Hotels” para o seu trabalho final. “Defini uma estratégia digital, que não existia, com KPIs específicos. Implementei-a durante uns meses e, depois, tirei os resultados”, explica. Luísa destaca o acompanhamento da sua orientadora, a Prof.ª Cristina Luz. “Ajudou-me imenso. Conseguiu trazer o melhor de mim na minha tese”, assegura.
Persistência no mercado de trabalho
A antiga estudante conta que, desde a sua adolescência, sempre trabalhou. “Tinha amigos envolvidos em coisas diferentes e comecei a ajudar. Organizei concursos de moda, de talentos e desfiles”, em parceria com entidades como a Câmara Municipal de Oeiras ou a Junta de Freguesia de Carnaxide. Após ingressar na ESCS, decidiu começar a trabalhar na sua área de formação, ainda que “de uma forma muito inicial”. Começou, assim, como promotora. Em 2013, na On Spot, uma das agências em que estava inscrita, teve a oportunidade de começar a colaborar com equipas de ativação de marca em ponto de venda, passando, depois, para a vertente de estratégia e logística. Já em 2016, no decorrer do mestrado, foi viver para o Porto para abraçar o desafio do HF Hotels, onde ficou durante dois anos, primeiro na área de Marketing & Communication e, depois, como Digital Brand Manager. Dezembro de 2018 marca o seu regresso a Lisboa, para integrar a equipa da Altamira Asset Management Portugal.
Um ambiente de trabalho positivo
Luísa entrou para a Altamira, uma empresa que gere carteiras de bancos ou de fundos de investimentos, com o intuito inicial de melhorar os conteúdos do site. “Assim que esse processo ficou concluído, avançámos para o marketing a sério. Começámos a fazer coisas giras e diferentes e a divulgar a marca”, conta. Foi nesta altura, em outubro de 2019, que assumiu a coordenação do departamento de Marketing e passou a ter uma equipa para gerir. Diariamente, é responsável por “definir estratégias, campanhas e todas as ações que impactam com a imagem da empresa”. Desenvolve, ainda, toda a parte digital, nomeadamente, o site e as redes sociais.
Apesar de ser um negócio “com um peso muito grande”, na medida em que “estamos a falar maioritariamente de dívidas não pagas (imóveis) ou em incumprimento”, a escsiana explica que a empresa procura sempre ajudar os proprietários a ficar com as casas. “Este tipo de trabalhos é preciso, por isso, tentamos fazê-lo de uma forma positiva”, assegura.
Uma Escola acolhedora
“Se tu viveres a ESCS, ela acolhe-te de uma forma familiar”, afirma Luísa. A antiga estudante refere que sentiu esta receção particularmente em relação aos colegas que estavam deslocados das suas áreas de residência. “Consegues passar aqui o teu dia. Nas aulas, nos núcleos. Ou, de repente, lembras-te de que queres fazer uma coisa gira em Rádio e tens um estúdio para trabalhar, falas com um professor sobre uma ideia e ele ajuda-te a concretizá-la”, explica. A escsiana compara a sua experiência na ESCS com a de amigos de outras instituições que tinham aulas “em auditórios com 400 pessoas”. “Tiveram professores que nunca souberam o nome deles. E isso, aqui, não acontece. Não és um número. E eu acho isso muito acolhedor”, conclui.
Por fim, desafiámos Luísa Figueiredo a responder a uma espécie de Questionário de Proust:
Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.
Os meus telemóveis.
Uma cidade ou um país.
Cascais. Eu nasci e vivo em Cascais. Tem uma tranquilidade diferente. O mar e a praia são o meu porto de abrigo.
Uma música ou uma banda.
Eu ouço literalmente um bocadinho de tudo e vou desde clássica a hip hop. Mas, provavelmente, aquilo que mais ouço é hip hop.
Um filme ou um realizador.
Marcaram-me filmes revolucionários, tipo o E.T., o Música no Coração, o Avatar. Filmes que, na altura, foram revolucionários. Ou seja, não tenho um filme da minha vida, mas sim filmes que marcam épocas e que eu acho que são importantes.
Um livro ou em escritor.
José Saramago. O primeiro livro que eu li a sério foi o Ensaio Sobre a Cegueira.
Uma série.
Não tenho uma série preferida. Neste momento, estou a ver Narcos.
Uma referência profissional.
Tenho uma, no sentido de percurso: o [escsiano] Hugo Veiga. Quando eu estava a acabar o curso, ele foi reconhecido como o melhor copywriter do mundo. Mas as pessoas com quem eu trabalho hoje em dia e com quem trabalhei ao longo da minha vida também são uma referência para mim. Cada uma da sua forma, porque me ensinaram coisas diferentes. Se eu juntasse aquelas pessoas todas, seria perfeita.
Quando for grande, quero ser.
Quero olhar para trás e pensar que nessa altura sou melhor do que aquilo que fui. Ou seja, quero aprender com tudo o que me ensinam todos os dias e tornar-me numa pessoa melhor.
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