Publicado: 07.05.2024
Mónica Quartin sempre soube que o seu futuro passaria pelo audiovisual, pelo que viu na Licenciatura em Audiovisual e Multimédia o curso de sonho. Hoje, é Coordenadora de Marca, na TAP Air Portugal.
Desde a adolescência Mónica Quartin tinha “uma ideia muito fixa” de que o seu futuro profissional passaria pelo mundo do Audiovisual e da Comunicação. Na candidatura ao Ensino Superior, a sua primeira opção era Publicidade e Marketing, na ESCS, mas só até ao momento em que percebeu que instituição iria, nesse ano, inaugurar uma nova licenciatura: Audiovisual e Multimédia. “Quando fui ler a descrição, era o meu curso de sonho. Tinha tudo o que eu queria fazer”, afirma.
Abrir horizontes
Mónica entrou na ESCS em 2002. Das aulas, destaca, essencialmente, as unidades curriculares de tronco-comum, que permitem aos estudantes “abrir horizontes”, na medida em que lhes permite explorar as diversas áreas da Comunicação. “No mercado de trabalho, depois, percebemos que fazemos um pouco de tudo. E quanto mais skills ganharmos, melhor”, defende. Por seu lado, a praticidade das aulas possibilita “explorar o lado mais técnico das profissões”, preparando os alunos para as funções que vão desempenhar no futuro. “Temos a oportunidade de experimentar coisas diferentes e de errar. Isso é o que torna o curso mais interessante e te faz perceber o teu talento e apetência”, explica.
Fora das aulas, a escsiana fez, também, parte do nAV e trabalhos para o E2. Da participação nestas atividades, destaca a cobertura de eventos, nos quais aprofundou a arte da realização multicâmara. “Foi espetacular ter essa experiência antes de ir para o mercado de trabalho”, assegura.
Evoluir na TAP
Quando terminou o curso, em 2006, Mónica conseguiu, através do Gabinete de Estágios e Integração na Vida Profissional (Gabest), um estágio na TVNET, um projeto experimental de televisão online. Durante três meses, passou por várias funções, como produção, realização, captação, edição, motion graphics e até o desenvolvimento da identidade do canal. “Foi a prova de fogo que permitiu perceber que saímos do curso muito bem preparados, o que me deu alguma segurança”, admite.
Após essa experiência, concorreu a uma vaga para a TAP Air Portugal, com o intuito de desenvolver os conteúdos digitais (imagem e escrita) do site. “Entrei e fiquei até agora!”, conta, divertida. Cerca de dois anos depois, passou para a equipa de Marketing, como Brand Manager. Numa altura em que o Facebook começava a dar os primeiros passos, Mónica ficou encarregue da gestão da página da marca. “O que era uma função em part-time, rapidamente se tornou em full-time, no espaço de um ano”, nota. Mónica recorda, em particular, o início do serviço ao cliente nas redes sociais. “Surgiu por causa do vulcão em erupção na Islândia, que impediu todo o tráfego aéreo. As pessoas entupiram as nossas linhas telefónicas e, como não conseguiam contactar as companhias aéreas, começaram a fazer perguntas no Facebook”, esclarece, acrescentando que “monstros que são, hoje, uma referência para nós em termos de redes sociais, como, por exemplo, a KLM, dizem que seguiram o exemplo da TAP, nessa altura. Acabou por ser um marco”. A escsiana esteve oito anos como responsável pela estratégia e presença da empresa nas redes sociais, até ser convidada para voltar a ser Brand Manager e “trabalhar a marca de uma forma mais abrangente”. Hoje, Mónica é responsável pela coordenação da estratégia da TAP, desde a comunicação nos vários pontos de contacto com o cliente ao posicionamento, valores e identidade visual. “Damos apoio ao grupo inteiro, em tudo o que diz respeito a imagem e materiais”, esclarece.
No seguimento do trabalho que tem vindo a desenvolver, Mónica foi, este ano, convidada para integrar o Conselho da Superbrands, uma organização internacional independente que se dedica à identificação e promoção de Marcas de Excelência em 89 países, em Portugal. “[Inicialmente], é feito um estudo com os consumidores, no qual são identificadas as marcas que mais se destacam e, depois, o Conselho avalia-as segundo vários critérios. E foi com muita honra que aceitei o convite para fazer parte, este ano”, explica.
Explorar sem inseguranças
Mónica guarda recordações do “ambiente familiar” da ESCS, que permite, ao estudante, “explorar sem inseguranças”. “Era um espaço muito seguro para mim. É engraçado, porque, quando cheguei, tinha o receio de ser caloira. E foi dos momentos que mais guardo. Conheci imensas pessoas que são minhas amigas até hoje”, conta. Para além das amizades, a antiga estudante reconhece o valor que o selo ESCS tem no mercado de trabalho.
Por fim, desafiámos Mónica Quartin a responder a uma espécie de Questionário de Proust:
Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.
Antes, era a câmara fotográfica. Hoje em dia, é o telemóvel. Tenho dificuldade em não tirar fotografias a tudo.
Uma cidade ou um país.
Nova Iorque é muito especial para mim. Mas Portugal é um paraíso, a vários níveis.
Uma música ou uma banda.
Música, no geral. Ouço de tudo.
Um filme ou um realizador.
Steven Spielberg.
Um livro ou um escritor.
1984, de George Orwell; Cem anos de solidão, de Gabriel García Marquez; e O fim da infância, de Arthur C. Clarke
Uma série.
Breaking Bad e Succession.
Uma referência profissional.
A minha mãe, porque foi professora de Matemática do 7.º ao 9.º ano e conseguia sempre tornar as coisas interessantes, motivar os alunos e ser uma pessoa inspiradora. E eu tento todos os dias ser assim. Referências dentro da área: Vhils (artista) e Delta (marca).
Quando for grande, quero ser.
Quero ser feliz e sentir que, de alguma forma, faço a diferença, pessoal e profissionalmente.
No vídeo abaixo, Mónica Quartin fala sobre as mais-valias de ter estudado na ESCS e como a formação académica contribuiu para o seu percurso:
Texto, fotografias e vídeo: Gabcom (Serviço de Comunicação da ESCS)
Fotografias do separador "Evoluir na TAP" gentilmente cedidas por Mónica Quartin