Publicado: 19.11.2024
Sara Sá Matos, Web Project Manager da Amgen, partilhou, com os estudantes de Relações Públicas e Comunicação Empresarial, a sua experiência sobre comunicar no setor da saúde.
Os estudantes da unidade curricular de Comunicação no Setor da Saúde, do 3.º ano da Licenciatura em Relações Públicas e Comunicação Empresarial (RPCE), participaram numa aula aberta com Sara Sá Matos, Web Project Manager da Amgen, multinacional no setor da indústria farmacêutica. Nesta sessão de partilha, a oradora abordou, por um lado, o seu percurso profissional e, por outro, os desafios que existem na comunicação de medicamentos e as diferenças na acessibilidade dos websites ligados à área da saúde de diversos países, reforçando a importância de equilibrar a criatividade com a legislação do setor.
Com experiência em vários campos, Sara Sá Matos sublinhou a importância da flexibilidade e da aprendizagem contínua no mundo da comunicação digital. “A minha carreira foi um caminho de descobertas em várias indústrias e cada uma delas trouxe lições valiosas que, hoje, aplico no setor da saúde”, afirmou a convidada, destacando a evolução necessária para se adaptar a diferentes públicos e regulamentações.
Um dos temas centrais da aula aberta foi a complexidade das regras de comunicação de medicamentos. Sara Sá Matos explicou que o excesso de informação legal, muitas vezes imposto pela regulamentação em vigor, pode tornar a comunicação pouco apelativa. No entanto, elucidou que o cumprimento dessas regras é essencial para garantir a segurança dos doentes e a transparência das empresas.
“Fiquei impressionada com o nível de detalhe que é necessário cumprir ao comunicar medicamentos. Percebi que a comunicação na área da saúde vai muito além do marketing habitual. Existem responsabilidades enormes envolvidas”, comentou Leonor Baioneta, estudante de RPCE, em reação à partilha da oradora.
Outro tópico que despertou interesse foi a diferença na acessibilidade dos websites ligados à área da saúde de diversos países. Dependendo se o conteúdo é destinado a profissionais de saúde ou ao público em geral, Sara exemplificou que, nos EUA, os conteúdos podem estar imediatamente visíveis ao aceder ao website, tornando-se, assim, visualmente mais apelativos, em contraste com países como a Alemanha ou o Reino Unido, onde, muitas vezes, o primeiro contacto é uma página de acesso controlado com poucos elementos que identifiquem a marca.
“A ideia de que os mesmos produtos são apresentados de formas tão diferentes, consoante a região, foi algo que me surpreendeu”, mencionou Vera Roquette, estudante de RPCE. “Nos EUA, a comunicação é mais gráfica e direta para o público em geral, enquanto que, na Alemanha ou no Reino Unido, os websites são mais fechados e focados no conteúdo técnico, quase sem elementos visuais”, complementa.
A sessão permitiu que os estudantes tivessem uma visão clara sobre os desafios e as exigências legais associadas à comunicação no setor da saúde, destacando a importância de adaptar as estratégias mediante o público-alvo e as regulamentações de cada país. Sara Sá Matos concluiu a sua intervenção realçando a necessidade de equilibrar a criatividade com a legislação aplicável, um tema central para quem trabalha na área da comunicação no setor da saúde.
Texto gentilmente cedido pela Prof.ª Andreia Garcia e editado pelo Serviço de Comunicação (Gabcom).
Fotografia gentilmente cedida pela Prof.ª Andreia Garcia.