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Publicado: 20.11.2015

Publicado: 20/11/2015

O seminário “Indústrias Criativas: Estratégias, Políticas e Empreendedorismo em Portugal” decorreu no âmbito da apresentação da Pós-Graduação que terá início em janeiro de 2016.

Como antevisão da primeira edição da pós-graduação em Indústrias Criativas: Estratégias, Políticas e Empreendedorismo, que decorrerá a partir de janeiro de 2016, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa/Direção Municipal de Cultura (CML) e a EGEAC, foi organizado, pela direção do curso, um seminário, com o mesmo nome, que decorreu no passado dia 16 de novembro.

[Fotografia] Da esq. para a dir.: Cristina Almeida, Jorge Veríssimo e José Cavaleiro Rodrigues.

Na abertura do evento, o Prof. Doutor Jorge Veríssimo explicou que esta pós-graduação surge num “contexto de abertura [da Escola] a novas formações (…) e como forma de atingir outros públicos e de dotar os alunos de novas competências”. Para o Presidente da ESCS, a parceria com a CML e a EGEAC faz todo o sentido, na medida em que são entidades públicas que “se ajustam” de forma a cumprir os objetivos propostos pelo curso.

O diretor da pós-graduação, o Prof. Doutor José Cavaleiro Rodrigues, lançou algumas questões para o debate que se seguiria e que se prendiam com os objetivos do curso como, por exemplo, quais as estratégias para os empreendedores e quais as políticas a usar nesta área.

A terminar, a Dr.ª Cristina Almeida, em representação da Dr.ª Catarina Vaz Pinto (vereadora da Cultura da CML), destacou que a área das Indústrias Criativas “é uma matéria de extrema importância para a CML e uma área de intervenção” em Lisboa, uma vez que a economia criativa é um setor fundamental para a cidade.

O debate

Pedro Braumann (docente na ESCS, diretor da RTP e membro da direção da Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social) moderou a conversa que contou com as intervenções de Francisco Jaime Quesado (presidente da ESPAP), João Meneses (diretor executivo do Centro de Inovação da Mouraria) e Paulo Faustino (subdiretor da pós-graduação, docente e presidente da International Media Management Academic Association e da Media XXI).

O moderador do debate começou por destacar a faceta cada vez mais empreendedora da Escola, “que marca a diferença no panorama da formação de ensino superior em Portugal”. Segundo Pedro Braumann, “hoje, há uma nova estrutura e uma nova lógica que é a economia criativa”, quando anteriormente se falava em Indústrias Culturais e Indústrias Criativas. O docente lançou questões em torno do atraso no desenvolvimento das Indústrias Criativas em Portugal e do contributo de formações nesta área para o país.

 

O discurso de Francisco Jaime Quesado girou em volta dos clusters, do empreendedorismo e das Indústrias Criativas. Os clusters são um conjunto de entidades que têm como objetivo promover um determinado setor. Segundo o presidente da ESPAP, o cluster das Indústrias Criativas tem mais expressão a nível europeu, onde tem “uma atividade imparável e mais dinâmica”. Quesado defende que as Indústrias Criativas devem ser um “elemento de geração de riqueza”. O desafio é “que os setores mais tradicionais reconheçam a criatividade como uma mais-valia”.

 

Paulo Faustino referiu-se às Indústrias Criativas como uma medida “que responde a desafios sociais, como a geração de emprego jovem”, sendo, por isso, capaz de gerar riqueza, na medida em que transforma bens culturais em bens económicos. Há, por isso, “uma dinâmica internacional de aposta neste setor”. O docente salientou também a dificuldade da atividade em ganhar escala, indicando que o objetivo deste curso é tentar contribuir para que tal aconteça.

 

Por fim, João Meneses referiu o facto de Lisboa ter “condições para competir com as melhores cidades do mundo porque tem fatores capazes de atrair empreendedores” de todo o globo. O diretor executivo do Centro de Inovação da Mouraria explicou que “uma incubadora é um espaço onde temos apoio para criarmos os nossos projetos” e que o projeto abarca 20 ideias “de qualidade”, que vão desde simples ideias a empresas ou startups no ativo. João expôs, ainda, o facto de a indústria ter pouca capacidade para se adaptar a pequenas encomendas e que há que saber perceber as necessidades do mercado e o que este está disposto a pagar.

 

Pós-Graduação em Indústrias Criativas

Está, neste momento, a decorrer a última fase de candidaturas, que termina dia 11 de dezembro.

A pós-graduação em Indústrias Criativas: Estratégias, Políticas e Empreendedorismo é um curso com a duração de 180 horas, que confere aos estudantes um total de 30 ECTS, cuja creditação pode ser solicitada pelos alunos que desejem prosseguir os estudos para a obtenção do grau académico de mestre.

A aulas decorrerão entre janeiro a junho de 2016, em horário pós-laboral, às sextas-feiras e aos sábados.

Veja, aqui, o vídeo de apresentação da pós-graduação em Indústrias Criativas: