Publicado: 27.04.2018
PERFIL PM: Guilherme Carvalho
Guilherme Carvalho começou como assistente de produção no E2 e, atualmente, é um dos produtores dos conteúdos virais da Fim.
Desde cedo, os interesses de Guilherme Carvalho dividiram-se entre a Publicidade e a Televisão. Por isso, na altura de se candidatar ao Ensino Superior, a ESCS foi “uma escolha fácil”. No decorrer da licenciatura em Publicidade e Marketing (PM), passou pelo E2, onde descobriu o “bichinho” da produção. Hoje em dia, é um dos responsáveis pelos conteúdos da produtora Fim.
A vertente criativa
No final do 12.º ano, ao percorrer a lista de instituições de Ensino Superior, Guilherme percebeu que apenas tinha interesse nos cursos da ESCS, principalmente no de PM. Por isso, no processo de candidatura, colocou somente os quatro cursos da Escola, mas, por duas décimas, não conseguiu entrar em nenhum deles. Com o apoio dos pais, resolveu passar “um ano inteiro a estudar para os exames nacionais” e tentar novamente. Em 2013, atingiu o seu objetivo.
O ex-aluno considera-se uma pessoa muito criativa e explica que sempre gostou de analisar conteúdos publicitários. “Na altura [do Ensino Secundário], já comprava revistas de publicidade”, confessa. Durante o curso, Guilherme teve a oportunidade de desenvolver, com alguns colegas, uma campanha de sensibilização para a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) sobre familiares e amigos de vítimas de homicídio, que foi escolhida para ser difundida nos meios de comunicação da associação.
E2: o início
Quando bateu, pela primeira vez, à porta do E2, Guilherme queria ser apresentador. “Claro que cheguei lá e a primeira resposta foi ‘não funciona assim, neste momento, não temos castings para apresentadores’”, recorda, divertido. No entanto, por sugestão da então produtora do programa, Marta Nilo Neves, e com a ideia de poder passar, mais tarde, por outras áreas, decidiu começar a colaborar como assistente de produção. “Sempre fui muito desenrascado e aquilo pareceu ser super simples. Fazia contactos, marcava equipas e ia a filmagens. Então, aceitei”, explica. Enquanto colaborou com o E2, passou, também, pelos cargos de assistente de realização, coordenador de conteúdos de rubrica, repórter e entrevistador (como ambicionava inicialmente).
O desempenho do escsiano nas aulas e no programa de televisão da Escola chamaram a atenção de Rui Malvarez (antigo aluno de PM e, na altura professor de Guilherme, na Escola), que, no final do segundo ano do curso, o convidou para trabalhar como assistente de produção na Diffuse Studios (atual Nebula Studios). Após a entrevista, o ex-aluno percebeu que estava “a ter uma oportunidade que muito poucos têm”, pois trabalharia em algo que gostava, enquanto ainda era aluno e com pouca experiência na área, e decidiu aceitar.
Do início para a Fim
O jovem produtor defende que as pessoas com quem começou a trabalhar foram muito importantes para se tornar num bom profissional da área. Foi na ESCS, com Inês Lourenço (ex-aluna de Audiovisual e Multimédia e antiga produtora do E2), que Guilherme começou a perceber que era nesta área que gostaria de, um dia, trabalhar. Já na Diffuse Studios, foi assistente de produção, tendo como diretora de produção Xana Alves, também ex-aluna da Escola. O escsiano lembra que, quando começou a trabalhar na empresa, havia “dois anúncios grandes para fazer”, mas, por influência de Xana, “uma pessoa muito prática”, pensou para consigo que não seria “tão difícil”, se tentasse abstrair-se da pressão que os trabalhos acarretavam. O profissionalismo de Guilherme valeu-lhe, mais tarde, um novo convite, por parte de Rui Malvarez, para trabalhar, como produtor, na Fim.
Produções de sucesso
Na Fim, desde o início de 2016, o ex-aluno já teve a oportunidade de trabalhar com marcas de relevo e personalidades de renome, em conteúdos de grande visibilidade, como foi o caso de “Study in Lisbon”, o vídeo viral que catapultou a empresa, ou a série de cinco documentários realizados, em 2017, para o festival Nos Alive, em parceria com o Canal 180.
Guilherme explica que “não existe um dia-a-dia normal” no trabalho de um produtor, na medida em que as alterações de planos são uma constante. “Se considerarmos o nosso trabalho de zero a dez, três é o nosso trabalho normal e sete é resolver problemas que chegam”, reflete. As suas funções passam por “estar num projeto desde o momento zero até ao último minuto”, acompanhando cada detalhe, desde a receção do pedido do cliente, passando por questões como o planeamento de ideias, coordenação de equipas, logística de equipamentos, filmagens e acompanhamento de pós-produção, até à apresentação do conteúdo final.
O escsiano considera que um dos aspetos mais importantes da área é saber lidar com pessoas. “Eu acho que, no cinema e na televisão, as pessoas são muito criativas e, às vezes, não conseguem distinguir a criatividade do lado prático, mas nós não podemos ser simplesmente quem lhes corta as pernas”, reflete, defendendo que “é preciso sabermos dizer a mesma coisa de uma forma boa de ouvir e tentar arranjar um equilíbrio entre o que querem e o que é possível”.
Relações de proximidade
Da sua passagem pela ESCS, Guilherme destaca os conteúdos do curso, muito focados na área que quis estudar, a vertente prática das disciplinas e a relação de proximidade com os professores. “Foi a partir da Escola e de um projeto da ESCS que eu consegui ter trabalho”, lembra. A nível pessoal, o escsiano destaca “as boas relações” que criou.
Por fim, desafiámos Guilherme Carvalho a responder a uma espécie de Questionário de Proust:
Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.
O telefone.
Uma música ou uma banda.
Quinta-feira 12 (banda para a qual Guilherme produziu o videoclipe da música Dona Chica).
Um filme ou um realizador.
A Montanha, do João Salaviza.
Uma série.
3: Stranger Things; Mind Hunter; The End of the F***ing World.
Uma produção.
Documentários para o festival Nos Alive, produzidos pelo Guilherme.
Quando for grande, quero ser...
Quero ser rico e fazer grandes trabalhos.
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