Publicado: 24.11.2023
A Merck, com o apoio da ESCS, promoveu a conferência "O que move os jovens europeus? Presente e futuro das novas gerações", que visou discutir questões relevantes que moldam a realidade da Geração Z e dos Millennials.
No passado dia 16 de novembro, o Auditório Vítor Macieira acolheu a conferência "O que move os jovens europeus? Presente e futuro das novas gerações", uma iniciativa da farmacêutica Merck, com o apoio da ESCS. O evento procurou promover a discussão em torno de temas relevantes que moldam a realidade da Geração Z e dos Millennials, como foi o caso da saúde, da sustentabilidade e da inteligência artificial. A conversa foi moderada pelo antigo estudante da ESCS e, atualmente, jornalista da CNN Portugal, André Neto de Oliveira.
O Presidente da ESCS, Prof. Doutor André Sendin, deu início à sessão, agradecendo a presença de todos os que compareceram ao evento. “É um tema muito interessante. Espero aprender muito e que seja uma tarde bem passada”, afirmou.
De seguida, Pedro Moura começou por apontar que “a forma como trabalhamos alterou-se significativamente ao longo dos tempos”. O Diretor-Geral da Merck explicou que, uma vez que cerca de 50% dos trabalhadores da farmacêutica, a nível global, pertencem às gerações Z e Millennial, e tendo a empresa, como ambição, “atrair talentos e retê-los”, surgiu a necessidade de perceber como estas gerações pensam e quais os seus objetivos.
Neste sentido, Rita Reis (Head of Communications-Mid Europe na Merck) apresentou alguns dos resultados do inquérito europeu realizado pela Merck, abordando questões como a saúde emocional e física, a sustentabilidade, a inovação e o futuro. Em traços gerais, as conclusões indicam que, para as gerações mais jovens, é cada vez mais importante o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional, sendo que é dada uma maior importância à saúde emocional. A igualdade de género, as redes sociais como fator de stress e ansiedade e a crise climática são outros aspetos que preocupam os jovens europeus.
Mesa Redonda
A mesa redonda, conduzida por André Neto de Oliveira, procurou discutir os dados apresentados no inquérito. Diana Romão, estudante do 3.º ano da Licenciatura em Relações Públicas e Comunicação Empresarial, confirmou as preocupações da sua geração em torno do bem-estar no local de trabalho, assegurando que os jovens ambicionam trabalhar em empresas que valorizem os seus colaboradores e que tenham uma visão de progressão de carreira.
Com base nas preocupações apresentadas pela estudante da ESCS, Mayte Cubino Gonzalez (Director Support Engineering (MW & Azure) & CE&S Portugal Site Lead na Microsoft) partilhou alguns exemplos sobre de que forma as condições de trabalho oferecidas pelas Microsoft colocam os bem-estar dos trabalhadores como uma prioridade. A possibilidade de teletrabalho, a criação de atividades lúdicas entre colegas e a promoção de espaços de partilha de emoções foram algumas das soluções apresentadas.
Rocío Yuste Tosina (Docente da Universidade da Extremadura e Coordenadora do Grupo de Investigação Edutransforma-T) partilhou algumas conclusões dos estudos que tem levado a cabo na Universidade da Extremadura, corroborando as ideias apresentadas anteriormente. A investigadora destacou, ainda, o elevado diagnóstico de ansiedade e depressão nos jovens, defendendo a necessidade de uma abordagem comunitária de envolvimento colaborativo nos sistemas de saúde, educativo, social e familiar.
Por último, a Dr.ª Maria Conceição Soares (Psicóloga dos Serviços de Apoio Psicológico e Educativo SAS-IPL) afirmou que, apesar da ansiedade que afeta os jovens, estes procuram, cada vez mais, ajuda. O sentimento de imprevisibilidade quando ingressam no Ensino Superior e o medo em relação ao futuro, que, muitas vezes, põe em causa a relevância dos cursos nos quais ingressaram, são fatores que afetam o estado mental dos estudantes.
Na conferência, foi apresentado um vox-pop, com o testemunho de alguns estudante do IPL. Veja, abaixo, o vídeo:
Texto e fotografias: Gabcom (Serviço de Comunicação da ESCS)
