Publicado: 15.02.2019
PERFIL RPCE: Mónica Fortunato
Licenciada em Relações Públicas, Mónica Fortunato está, hoje, integrada na equipa de Gestão de Sustentabilidade da Caixa Geral de Depósitos.
Mónica Fortunato passou pela ESCS entre 1993 e 1998. Para obter o grau de licenciatura, tirou um bacharelato em Relações Públicas, seguido de um curso de estudo superior especializado (CESE) em Comunicação e Comportamento do Consumidor. Ainda durante os estudos, começou a estagiar no Gabinete de Relações Públicas da Caixa Geral de Depósitos, onde tem evoluído desde então. Atualmente, a escsiana faz parte da Direção de Suporte Corporativo e trabalha as questões de sustentabilidade da empresa.
Apetência para a Comunicação
Durante o Ensino Secundário, Mónica contactou com diversas disciplinas ligadas ao Jornalismo, profissão que queria, inicialmente, seguir. Contudo, ao longo do curso de Humanísticas, começou a questionar-se sobre as diversas áreas da Comunicação e chegou à conclusão de que “seria mais interessante estar numa empresa a comunicar para os seus diferentes públicos”. Por isso, em 1993, concorreu ao então bacharelato em Relações Públicas.
Da Escola, lembra as amizades “que ainda hoje perduram”, os docentes “muito companheiros e cooperativos com os alunos”, e a aliança entre as disciplinas teóricas e práticas. Disciplinas como Teorias da Comunicação, Semiótica e Semiologia “impeliam ao raciocínio e um bocadinho à filosofia da vida e das matérias da Comunicação, que são muito importantes para construirmos um conhecimento crítico e, depois, conseguirmos adaptar isso (...) à componente prática dos laboratórios, que nos faziam sentir que estávamos numa empresa”, explica. A escsiana recorda, particularmente, um trabalho feito para a disciplina de Epistemologia, que consistiu na organização de uma conferência sobre o pintor e escultor Espiga Pinto. Para além de uma entrevista feita ao artista plástico, o evento contou, também, com a projeção de testemunhos em vídeo de figuras de relevo ligadas ao artista, gravados em instituições como a RTP, a AMI ou a Fundação Calouste Gulbenkian. “Havia esse estímulo de sair da sala de aula e de fazer coisas”, explica. Vinte e dois anos depois, confessa que “não faria muito diferente”. “Foi um trabalho feito com muita alma, com muita vontade (...) E, se faz sentir, faz sentido”, considera.
Caminho profissional
Mónica começou a trabalhar na área de estudos de mercado, em empresas como a Marktest, enquanto ainda estudava. No final do bacharelato, em 1996, foi selecionada, pelo Prof. Eduardo Madeira Correia, para um estágio de verão no departamento de Relações Públicas da L’Oréal. Já durante o CESE, em 1997, começou a estagiar no gabinete de Relações Públicas da Caixa Geral de Depósitos, que tratava a comunicação interna, de produto e assessoria de imprensa. À medida que a importância da comunicação, enquanto ferramenta de gestão do banco, cresceu, a escsiana foi acompanhando a evolução. “Mais tarde, aquele gabinete tornou-se numa direção de Imagem e Comunicação e, depois, de Comunicação e Marca, ligado aos conceitos de solidez, rigor e confiança”, explica.
Em dezembro de 2017, Mónica integrou a área de Gestão de Sustentabilidade, inserida na Direção de Suporte Corporativo. A escsiana trabalha “a evolução dos temas institucionais”, ou seja, “saber gerir bem e de forma ética, aplicando as melhores práticas nacionais e internacionais à realidade da Caixa e fazê-la estar ao nível das melhores da Europa e do mundo”. Mónica conta que o que mais gosta nas funções que desempenha é “ter uma visão de helicóptero”, isto é, conseguir ver “toda a estrutura da empresa”, inclusivamente, bancos afiliados no estrangeiro. “Temos de chamar várias partes para construir o todo. São processos demorados e desgastantes, mas o resultado é quase sempre perfeito, sem erro, mas com margem para desenvolver”, explica.
A filosofia da ESCS
Olhando para trás, a escsiana considera que a passagem pela Escola desenvolveu o seu “lado mais prático”. “Saber a teoria, fazer as coisas acontecerem na prática e [ver] os efeitos que têm na sociedade é o que eu acho que trouxe mais bem treinado da ESCS e valorizo ainda hoje”, conta.
Mónica, que regressou à Escola em dezembro do ano passado, como convidada da 3.ª edição das PR Talks, constata que, apesar da evolução ao nível da oferta formativa, “muito mais rica e variada”, a “filosofia, forma de estar e atitude que governa a ESCS não mudou”. “Foi uma grande Escola e, essencialmente, continuo a ver esta componente prática que é extremamente enriquecedora”, afirma.
Por fim, desafiámos Mónica Fortunato a responder a uma espécie de Questionário de Proust:
Um objeto essencial para o teu dia-a-dia.
Computador. Infelizmente e inevitavelmente.
Uma cidade ou um país.
Cabo Verde.
Uma música ou uma banda.
Todas aquelas que, a determinado momento, me tenham feito sentir algo diferente.
Um filme ou um realizador.
Muitos. O importante é retirar a mensagem de cada um deles, para perdurar na nossa vida como uma lição.
Um livro ou um escritor.
A mesma resposta. É pela diversidade que nós evoluímos.
Uma série.
Às vezes, apetece-me rir e prefiro uma comédia. Outras vezes, apetece-me uma coisa mais profunda do conhecimento e prefiro algo mais inteletualmente profundo.
Um programa de televisão.
Os canais digitais roubaram espaço à televisão. Hoje, vejo conteúdos, não vejo televisão.
Uma referência profissional.
Todas aspessoas que conheci e continuo a conhecer e que, tal como eu, tentam dar o seu melhor todos os dias.
Quando for grande, quero ser.
Maior do que sou hoje.
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